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Carlos Alberto Patriota, de 43 anos, já respondeu a dois inquéritos por estupro, em 2013 e 2018, em São Paulo. Ele foi preso suspeito de estuprar outras duas mulheres, em Mongaguá e Itanhaém, no intervalo de uma semana. Suspeito de estuprar mãe na frente do filho e médica quando saía do trabalho no litoral de São Paulo é preso
Reprodução, Divulgação/Polícia Civil e Foto Ilustrativa/Arquivo A Tribuna
Carlos Alberto Patriota, de 43 anos, foi preso suspeito de estuprar duas mulheres, de 27 e 32, no litoral de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, ele confessou ter estuprado uma das vítimas enquanto ela segurava o filho de três anos no colo, em Mongaguá, e depois uma médica que saía do posto de saúde onde trabalhava, em Itanhaém. Os crimes ocorreram em um intervalo de uma semana.
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Conforme apurado pelo g1 nesta quinta-feira (12), Patriota foi capturado em São Paulo e já respondeu a dois inquéritos por estupros cometidos na cidade, em 2013 e 2018.
De acordo com a delegada Damiana Shibata Requel, da Delegacia de Defesa da Mulher de Itanhaém (SP), o suspeito confessou os crimes em depoimento, mas tentou justificá-los por ser viciado em drogas. A agente, no entanto, afirmou que Patriota se mostrou um “predador sexual”.
“Ele disse que não tem controle, que se arrependia, mas que ele não tinha controle desses atos”, disse a delegada.
O g1 não localizou a defesa de Carlos Alberto Patriota até a publicação desta reportagem.
Os crimes
O primeiro caso aconteceu em Mongaguá, no dia 27 de junho de 2024. À polícia, a vítima disse havia saído de um comércio e voltava para casa quando foi abordada pelo homem. Ele puxou a mulher até uma viela e a estuprou. O crime teria ocorrido enquanto ela segurava o filho chorando no colo.
Na ocasião, a polícia divulgou que um morador em situação de rua havia sido preso suspeito de cometer o crime. O g1 apurou que o homem foi localizado após tentar estuprar outra mulher e, segundo a Polícia Civil, as investigações constataram que ele estava detido quando o caso do dia 27 aconteceu. Sendo assim, a corporação passou a investigar Patriota.
O segundo caso aconteceu uma semana depois, em Itanhaém. Uma médica foi estuprada ao sair do posto de saúde onde trabalhava. Ela relatou à polícia que o homem a abordou com uma faca, a obrigou a entrar no carro dela e a fez dirigir até uma casa, onde cometeu o crime.
Padrão entre os casos
As delegadas Damiana Shibata Requel e Izabela Coelho Fernandes, que atuam nas DDMs de Itanhaém e Mongaguá, respectivamente, afirmaram que houve um padrão de comportamento nos dois estupros, além deles terem sidos cometidos em datas próximas e em bairros limítrofes, ou seja, próximos um do outro e que fazem fronteira entre municípios vizinhos.
“Aqui em Itanhaém, a vítima [a médica] reconheceu ele como um paciente do local que ela trabalhava. Então a autoria já era esclarecida, no sentido de que houve um apontamento de um suspeito pela vítima. E tinha um local, ele tinha levado ela pra casa dele. Quando as duas equipes, tanto de investigação aqui da Delegacia de Itanhaém, quanto a de Mongaguá, chegaram no local e abordaram os vizinhos, entraram na casa”, disse Damiana.
A delegada acrescentou que durante a ação foi localizada a bicicleta do suspeito, que “bate” com as imagens que mostram os momentos anteriores ao crime em Mongaguá, onde Patriota foi filmado abordando a vítima, que caminhava de mãos dadas com o filho pela calçada (assista abaixo)
Vídeo mostra suspeito abordando mulher antes de estuprá-la na frente do filho dela
Um mandado de prisão temporária foi emitido contra Patriota e, no último dia 28 de maio, ele foi preso pela PM em São Paulo. O homem foi encaminhado ao 8º DP do Brás e, segundo a delegada Izabela Coelho, trazido ao litoral paulista no dia 31 de maio.
Próximos passos
As delegadas informaram que Carlos Alberto Patriota forneceu material genético, que foi analisado junto com vestígios coletados das roupas das vítimas, para confirmar a autoria dos crimes. O laudo ainda não saiu e, no momento, o suspeito está detido na cadeia pública de Peruíbe (SP).
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