Condenado por matar travesti e chefe de facção, 'Gordinho' é preso com RG falso no litoral de SP

Alisson Patrick Vieira da Rocha foi capturado em Guarujá, SP
Gabriela Pavão/g1 MS e Matheus Tagé/A Tribuna Jornal
Alisson Patrick Vieira da Rocha, conhecido como ‘Gordinho’, de 31 anos, foi capturado pela Polícia Militar em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele era procurado pela Justiça de Mato Grosso do Sul (MS). A prisão foi realizada pelo 2º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep).
Em 2018, Gordinho foi condenado a sete anos de prisão pelo assassinato de uma travesti em Campo Grande (MS), ocorrido em 2015. Segundo a PM, ele também é apontado como uma das lideranças de uma facção criminosa que atua no estado.
A abordagem aconteceu na tarde de sexta-feira (15), na Avenida Dom Pedro, no bairro da Enseada. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o suspeito foi localizado dentro de um veículo após levantamento do serviço de inteligência da Polícia Militar.
Durante a ação, os policiais encontraram um documento falso em nome de Alisson Alessandro de Oliveira Lima. Aos PMs, Gordinho confessou que adquiriu o RG na cidade de Mongaguá (SP), por cerca de R$ 1 mil em dinheiro.
O g1 solicitou mais informações ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS), mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
Crime
O assassinato que levou à condenação de Gordinho aconteceu em 22 de março de 2015, no bairro Morada Verde, em Campo Grande (MS). Segundo a investigação, a vítima teria interferido em uma briga entre Alisson e a então companheira dele, Gabriela Antunes Santos, orientando que ela acionasse a polícia. Alisson pegou uma arma e, acompanhado de um comparsa, disparou dois tiros contra a vítima.
Além desse caso, em 2016, Alisson foi apontado como pivô da morte da manicure Jenifer Nayara Guilhermete de Morais, de 22 anos. A Polícia Civil, no entanto, concluiu que ele não participou do crime, que foi cometido por Gabriela, motivada por ciúmes.
Alisson negou envolvimento na morte da manicure e afirmou que se separou de Gabriela após o crime. Ele também disse que não era dono da arma usada por ela e não foi indiciado no caso. À época, a Polícia Civil informou que Alisson havia tido um relacionamento anterior com manicure.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos