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Na segunda-feira, a moeda norte-americana recuou 0,34%, cotada a R$ 5,8512. Já o principal índice da bolsa de valores fechou em alta de 1,39%, aos 129.454 pontos. Notas de dólar, em 10 de abril de 2025
Tatan Syuflana/ AP
O dólar opera em alta na manhã desta terça-feira (15), cotado a R$ 5,86, com investidores ainda reagindo às últimas notícias sobre o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a uma possibilidade de recuo.
Nesta segunda-feira (14), Trump sugeriu possíveis isenções para as tarifas de 25% impostas às importações estrangeiras de automóveis e peças automotivas, dizendo que estava “procurando algo para ajudar algumas das montadoras”.
Além disso, na sexta (11), isentou smartphones, laptops e outros eletrônicos das tarifas recíprocas aplicadas sobre mais de 180 países.
A decisão trouxe um certo alívio aos investidores em meio ao tarifaço, apesar de o republicano destacar que os eletrônicos não estavam sendo exatamente liberados da taxação, mas que integrarão uma nova categoria de tarifas.
Os mercados entenderam que a iniciativa poderia sinalizar uma maior disposição de Trump para negociar, sobretudo com a China.
Nesta segunda-feira (14), porém, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que o país iniciou uma análise para taxar produtos farmacêuticos e semicondutores, o que confirma o anúncio de Trump sobre a criação da nova categoria de tarifas, e não uma liberação dos eletrônicos do tarifaço.
Além disso, nesta terça, a China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da Boeing, em resposta ao tarifaço. As ações da empresa caíram 3% no pré-mercado.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, abriu em queda.
O destaque de hoje por aqui é o envio ao Congresso do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Dólar
Às 10h22, o dólar subia 0,32%, cotado a R$ 5,8699. Veja mais cotações.
Na segunda-feira (14), a moeda americana teve baixa de 0,34%, cotada a R$ 5,8512.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,34% na semana;
ganho de 2,55% no mês; e
perda de 5,32% no ano.
a
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,03%, aos 129.421 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 1,39%, aos 129.454 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 1,39% na semana;
recuo de 0,62% no mês; e
ganho de 7,62% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O tarifaço de Trump continua sendo monitorado de perto pelos investidores. A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências:
As tensões crescentes entre os países, principalmente China e EUA, elevam as incertezas globais com o futuro da economia.
Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação.
Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional.
Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global.
Nesta segunda-feira, alguns dados macroeconômicos também chamam a atenção.
Na China, as exportações em março cresceram 12,4% em relação ao ano anterior — o maior nível em cinco meses — superando a expectativa de crescimento de 4,4% prevista em uma pesquisa da Reuters com economistas. Em janeiro e fevereiro, as exportações haviam crescido 2,3%.
A forte alta nas exportações é consequência das tarifas impostas por Trump, que fizeram empresários acelerarem seus negócios e enviarem os produtos da China antes que as taxas entrassem em vigor.
Já no Brasil, o comércio com os EUA bateu recorde no primeiro trimestre deste ano, mesmo em meio ao tarifaço. O país importou mais produtos dos americanos do que exportou.
De acordo com a edição do Monitor do Comércio Brasil-EUA, publicação trimestral da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a corrente de comércio entre os dois países alcançou US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica.
O crescimento foi de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.