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19 horas agoon
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O republicano Donald Trump foi empossado nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos, substituindo o agora ex-presidente Joe Biden, em uma cerimônia realizada na Rotunda do Capitólio, devido ao frio intenso que atinge a capital Washington D.C., marcando o início de um novo capítulo na política americana. Acompanhado de sua esposa, Melania Trump, ele prestou juramento perante o presidente da Suprema Corte, John Roberts, comprometendo-se a “preservar, defender e proteger a Constituição dos Estados Unidos”.
O evento desta segunda-feira também marcou a posse de J.D. Vance como novo vice-presidente, substituindo Kamala Harris, derrotada por Trump nas eleições de novembro de 2024.
A cerimônia, caracterizada pela tradicional troca pacífica de poder, foi conduzida sob a supervisão da senadora democrata Amy Klobuchar, presidente do Comitê Conjunto do Congresso para as Cerimônias de Posse. Antes do juramento de Trump, Klobuchar destacou em seu discurso que “hoje, testemunharemos a transferência pacífica de poder, que está no coração de nossa democracia”.
Em seu discurso de posse, Donald Trump prometeu colocar os Estados Unidos novamente no caminho da prosperidade e do respeito internacional. “A era de ouro dos EUA começa agora”, declarou. Ele ressaltou que, a partir desse momento, o país crescerá como nunca antes. “Seremos invejados e não permitiremos que tirem vantagens de nós. Durante todo meu mandato, colocarei os EUA em primeiro lugar. Nossa soberania será recuperada”, afirmou.
No discurso, Trump abordou questões centrais para o seu governo, como imigração, economia, saúde e segurança pública. Ele criticou o sistema de saúde e educação vigentes, afirmando que não atendem às demandas do povo americano, e declarou que sua eleição representa um mandato para corrigir essas falhas.
“Minha eleição me dá um mandato para mudar completamente e reverter as várias traições que ocorreram no país, e devolver às pessoas a dignidade.”
O presidente criticou a gestão de crises recentes, como os incêndios em Los Angeles, mencionando a ineficácia das administrações locais e nacionais.
Ele mencionou ainda a tentativa de assassinato que sofreu em julho do ano passado, agradecendo a Deus por sua sobrevivência e reafirmando seu compromisso com o lema de sua campanha: “Fazer os EUA grandes novamente”.
Trump anunciou medidas imediatas para enfrentar desafios econômicos e de segurança. “Hoje, assinarei uma série de ordens executivas históricas. Com essas ações, iniciaremos a completa restauração da América e a revolução do senso comum. Tudo se resume ao senso comum”, disse.
Ele anunciou que irá declarar os cartéis de drogas como organizações terroristas estrangeiras e afirmou que invocará a lei Alien Enemies Act de 1798 para direcionar seu governo “a utilizar todo o imenso poder das forças de segurança federais e estaduais para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que estão trazendo crimes devastadores ao solo dos Estados Unidos, incluindo nossas cidades e centros urbanos”.
O Alien Enemies Act de 1798 é uma legislação dos Estados Unidos que permite ao governo federal deter ou remover cidadãos de países considerados inimigos em tempos de guerra ou ameaça à segurança nacional.
Trump também disse que vai declarar uma “emergência nacional de energia” como parte de seus esforços para reduzir preços e estimular a produção interna. O republicano também declarou uma emergência nacional na fronteira sul dos EUA, afirmando que “toda entrada ilegal [no país] será imediatamente interrompida”.
Trump anunciou sua luta pela liberdade de expressão, afirmando que vai assinar “imediatamente uma ordem executiva para encerrar toda censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão para os Estados Unidos.”
O presidente Donald Trump reiterou sua determinação em retomar o controle do Canal do Panamá, alegando que atualmente está sob forte influência da China. “A China está operando o Canal do Panamá. Nós não o entregamos à China, entregamos ao Panamá, e agora vamos retomá-lo”, afirmou. Ele também anunciou a mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América.
A cerimônia contou com a presença de figuras políticas e empresariais influentes. Entre os convidados estavam os ex-presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, acompanhados de Hillary Clinton e Laura Bush. Mike Pence, ex-vice-presidente no governo Trump, também marcou presença, apesar do afastamento político nos últimos anos.
Líderes mundiais, como o presidente argentino Javier Milei e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, reforçaram o peso global do evento. Grandes empresários do setor tecnológico, incluindo Elon Musk, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Tim Cook e Sundar Pichai, participaram de um serviço religioso ao lado do presidente antes da cerimônia.
As medidas de segurança em Washington, D.C., foram intensificadas, impactando aeroportos e o trânsito aéreo. Segundo a Administração Federal de Aviação (FAA), atrasos de até 30% foram registrados em voos que chegavam à região devido às operações de segurança reforçadas.