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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu um processo contra o instituto de pesquisa Mediacom, a proprietária J. Ann Selzer, o jornal The Des Moines Register e a empresa controladora do periódico, a Gannett, por ter divulgado um levantamento três dias antes da eleição presidencial de novembro mostrando que a democrata Kamala Harris liderava no estado de Iowa.
No dia 2 de novembro, uma pesquisa encomendada pelo jornal à Mediacom mostrou Kamala com 47% das intenções de voto em Iowa, contra 44% de Trump. Os resultados causaram espanto, porque Iowa é um red state – ou seja, um dos estados em que os republicanos sempre ganham a eleição presidencial.
Na eleição de 5 de novembro, Trump obteve 55,73% dos votos em Iowa, contra 42,52% de Kamala. Essa diferença ficou acima da margem de erro da pesquisa, de 3,4 pontos percentuais.
Segundo informações da CNN, o processo do presidente eleito se baseia na Lei contra Fraude contra Consumidores de Iowa, que estabelece punições por fraudes no anúncio ou venda de produtos. Os advogados do republicano alegam que houve tentativa de “interferência eleitoral”.
Em um comunicado, o Des Moines Register reconheceu que a “pesquisa pré-eleição não refletiu a margem final” da disputa presidencial em Iowa e divulgou os dados e detalhes completos do levantamento, além de “uma explicação técnica” de Selzer.
“Nós defendemos nossa reportagem sobre o assunto e acreditamos que este processo [de Trump] não tem mérito”, disse Lark-Marie Anton, porta-voz da Gannett.
Selzer divulgou outros documentos no X e negou relatos de que estaria se aposentando devido ao resultado da pesquisa – ela alegou que já havia planejado que a eleição de 2024 seria seu último trabalho na área.