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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou neste domingo (16) que conversou com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para pedir que os norte-americanos suspendam imediatamente os ataques ao grupo rebelde Houthis.
Lavrov e Rubio conversaram por telefone. O ministro russo declarou que seria importante para todas as partes se envolver em um diálogo para encontrar uma solução que evite mais “derramamento de sangue”.
No sábado (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou uma operação em larga escala contra os Houthis. Militares americanos bombardearam alvos do grupo rebelde no Iêmen. Pelo menos 31 pessoas morreram e 101 ficaram feridas, segundo a agência Reuters.
O gabinete político dos Houthis acusou os Estados Unidos de cometer um “crime de guerra” e disse que estava preparado para responder a “escalada com escalada” — indicando que intensificaria o conflito.
Logo após os ataques, uma autoridade dos EUA afirmou à Reuters que a operação militar lançada pelos americanos no Iêmen poderia durar dias e, talvez, semanas.
A ofensiva aconteceu após o grupo anunciar planos de retomar ataques contra navios israelenses, que haviam sido suspensos com o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
De acordo com a Casa Branca, Trump ordenou a operação em larga escala para defender ativos de transporte marítimo dos EUA e impedir ameaças terroristas.
Em uma rede social, Trump acusou os Houthis de conduzirem “uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra a América e seus navios, aeronaves e drones”.
“O ataque Houthi a embarcações americanas não será tolerado. Usaremos força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo”, escreveu. Se os ataques continuarem, “o inferno vai cair sobre vocês como nada que vocês já viram antes”.
Desde novembro de 2023, os Houthis realizaram mais de 100 ataques contra navios que cruzavam principalmente a região do Mar Vermelho. O grupo afirma que essas ações são uma forma de solidariedade aos palestinos na guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.