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Bombardeios atingem cidades no Irã e em Israel em meio à escalada de tensões. Trump deixou o G7 antes do previsto e convoca reunião com equipe de segurança. Quem é o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (17) que os EUA e Israel não planejam matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mas que os planos podem mudar dependendo de como o conflito entre os países se desenrolar. Ele também exigiu uma rendição incondicional.
Trump afirmou saber onde Khamenei está escondido — mais cedo, o Exército israelense disse que as principais lideranças do Irã haviam fugido do país. E chamou o chefe máximo do poder no Irã de “alvo fácil”.
“Nós sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá — nós não vamos tirá-lo de lá (matá-lo!), ao menos não por enquanto. Mas nós não queremos mísseis disparados em civis, ou soldados americanos. Nossa paciência está acabando”, disse Trump em sua rede social Truth Social.
Na segunda-feira (16), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou não descartar matar Khamenei.
O paradeiro de Khamenei é desconhecido desde o início dos conflitos entre Israel e Irã, na sexta-feira (13).
LÍDER MAIS LONGEVO DO ORIENTE MÉDIO: Quem é Ali Khamenei, o chefe máximo do poder no Irã
5º dia de conflito
Israel e Irã intensificam bombardeios no quarto dia de guerra
O conflito entre Irã e Israel entrou no quinto dia nesta terça. Desde sexta-feira, as trocas de ataques deixaram 248 mortos nos dois países, segundo autoridades locais. Em meio à escalada de tensões, Trump antecipou sua partida da cúpula do G7 no Canadá para voltar a Washington.
O presidente americano afirmou que o Irã rejeitou um acordo para conter o desenvolvimento de armas nucleares e voltou a dizer que o país não pode ter armamento atômico. Ele também declarou que Teerã precisava ser evacuada imediatamente, sem dar detalhes.
Segundo a imprensa americana, Trump deve se reunir nesta terça com o Conselho de Segurança Nacional para tratar do assunto.
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Na madrugada desta terça, a imprensa iraniana informou que explosões foram registradas em Teerã. Bombardeios também foram reportados em Natanz, cidade onde ficam importantes instalações nucleares — a cerca de 320 km da capital.
Já em Israel, sirenes de alerta soaram após a meia-noite, pelo horário local. Em Tel Aviv, foram ouvidas explosões causadas por novos ataques do Irã, segundo autoridades israelenses.
O governo iraniano afirma que a ofensiva israelense provocou 224 mortes no país, a maioria civis. Do lado israelense, as autoridades declararam que bombardeios iranianos mataram 24 civis e afetaram mais de 3 mil pessoas, que precisaram deixar suas casas.
Os dois países mantêm o discurso de que continuarão atacando e retaliando um ao outro. Enquanto isso, fontes ouvidas pela agência Reuters afirmam que o Irã pediu a Omã, Catar e Arábia Saudita que pressionem os EUA a convencer Israel a aceitar um cessar-fogo imediato.
Fontes do governo iraniano disseram à Reuters que Teerã estaria disposto a ser mais flexível nas negociações para um acordo nuclear, caso Israel interrompa os ataques. Nas redes sociais, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, deu sinais de que as conversas podem continuar.
“Se o presidente Trump está realmente comprometido com a diplomacia e interessado em pôr fim a esta guerra, os próximos passos serão decisivos”, disse. “Israel deve interromper sua agressão e, na ausência de uma cessação total da agressão militar contra nós, nossas respostas continuarão.”
Na segunda-feira (15), o Pentágono anunciou que estava enviando mais ativos militares para o Oriente Médio. A Casa Branca negou que estivesse conduzindo uma operação contra o Irã. Já o Departamento de Defesa afirmou que a prioridade é defender os ativos americanos na região.
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