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15 horas agoon
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Cúpula também trata da situação do Haiti e da cooperação entre Brasil e Caribe. Lula recebe autoridades de 12 países da região. Lula abre Cúpula Brasil-Caribe em Brasília
EBC/Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta sexta-feira (13), no Palácio Itamaraty, chefes de Estado, chefes de governo e chanceleres de países do Caribe.
A cúpula Brasil-Caribe discute formas de aproximar a relação diplomática, comercial e cultural. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, entre os temas da cúpula estão:
segurança alimentar e nutricional;
mudança do clima e transição energética;
infraestrutura, conexão aérea e comunicações.
Autoridades de 12 países compareceram ao encontro organizado pelo governo brasileiro.
Luis Abinader, presidente da República Dominicana;
Irfaan Ali, presidente da Guiana;
Fritz Jean, presidente do Conselho Presidencial de Transição do Haiti;
Salvador Valdés Mesa, vice-Presidente de Cuba;
Gaston Browne; primeiro-Ministro de Antígua e Barbuda;
Philip Davis, primeiro-Ministro das Bahamas;
Mia Mottley, primeira-Ministra de Barbados;
Philip J. Pierre, primeiro-Ministro de Santa Lúcia;
Thomas Tavares Finson, presidente do Senado da Jamaica;
Denzil Douglas; ministro dos Negócios Estangeiros de São Cristóvão e Névis
Frederick Stephenson, ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Exterior de São Vicente e Granadinas;
Jospeh Andall, ministro dos Negócios Estrangeiros de Granada;
Integração
Na abertura da cúpula, Lula reforçou o discurso a favor da integração com os países caribenhos em diferentes áreas. O presidente deseja ampliar o comécio na região.
“Não faz sentido que o Brasil, celeiro do mundo, não esteja presente na mesa do consumidor caribenho”, afirmou.
O presidente ainda repetiu a crítica ao embargo econômico contra Cuba.
“Devemos seguir condenando com veemência embargo contra Cuba e sua descabida inclusão em lista de países que apoiam o terrorismo”, disse Lula.
Haiti
Os líderes presentes na cúpula também discutiram a situação do Haiti, país que nos últimos anos enfrenta uma constante instabilidade política e socioeconômica em um cenário de violência provocado por gangues.
Lula afirmou ao abrir o encontro que a comunidade internacional deve se engajar em um plano nacional de desenvolvimento do Haiti e defendeu que a ONU assuma parte do custo de ações para pacificar o país.
“O Brasil apoia que a ONU assuma parte do financiamento da missão multinacional de segurança ou a converta em uma operação de paz”, disse.
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Conselho de transição de poder do Haiti demite primeiro-ministro
Lula também colocou o Brasil à disposição para cooperar na organização da próxima eleição no Haiti.
Em 2021, o então presidente Jovenel Moïse foi assassinado. No ano passado, o primeiro-ministro Ariel Henry renunciou em um momento de crise de segurança.
Atualmente, o país é governado por um conselho presidencial de transição, chefiado por Fritz Jean, que veio a Brasília. Além da reunião de cúpula, ele terá à tarde um encontro reservado com Lula.
O Brasil teve relação mais próxima com o Haiti entre 2004 e 2017, período no qual liderou a uma missão da Organização das Nações Unidas (OUN).
Encontros bilaterais
Lula também terá reuniões, à tarde, com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e com os presidentes da Guiana, Irfaan Ali, e da República Dominicana, Luis Abinader.