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8 horas agoon
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Luciana Mauá de Almeida Marnoto e Gabriel Marraccini Henrique Lopes seriam julgados em 11 de junho, mas a defesa da mulher pediu adiamento. Eles são réus por envolvimento na morte do fiscal de renda Sérgio Armando Gomes Ferreira, em 2019. Homem foi encontrado morto com golpes de faca em Santos (SP), em 2019
Isabella Lima/g1
O julgamento da advogada Luciana Mauá de Almeida Marnoto, investigada pelo envolvimento na morte do companheiro Sérgio Armando Gomes Ferreira, em Santos, no litoral de São Paulo, foi adiado a pedido da defesa e a mulher segue respondendo ao processo em liberdade quase seis anos após o crime.
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O caso ocorreu em 14 de novembro de 2019, no bairro Embaré, quando Luciana, que mantinha relacionamento de três anos com a vítima, chegou à casa dele com o filho de 18 anos e encontrou Sérgio morto a facadas.
O filho dela, Guilherme Marnoto de Alvarenga, confessou o crime e foi condenado a 16 anos em abril de 2023 — o processo está em fase de recurso. No entanto, a Polícia Civil concluiu que o jovem se uniu a mãe e ao amigo Gabriel Marraccini Henrique Lopes para o homicídio.
Luciana teve prisão preventiva revogada em janeiro de 2020, e Gabriel, em setembro daquele ano. Eles seriam julgados no dia 11 de junho, mas a defesa da mulher pediu à Justiça o adiamento da sessão por conta da ausência de testemunhas. Ainda não há nova data para o júri.
Ao g1, o advogado Paulo de Jesus, que representa Luciana, informou que insistiu para que três testemunhas fossem ouvidas durante a audiência, pois considera o depoimento delas essencial para que a justiça seja feita.
“Não tem julgamento sem a presença dessas testemunhas, porque a defesa as considera muito importantes, até porque se trata de um caso complexo, de repercussão. Então a defesa fez esse pedido e o magistrado acatou, evidentemente, e redesignou o plenário”, afirmou Jesus.
De acordo com ele, as testemunhas não poderiam participar do julgamento no dia 11. “Algumas não foram localizadas e outras por questões médicas”, explicou o advogado.
Ainda segundo o advogado, Luciana quer ser levada a julgamento, pois nega qualquer participação no crime. “Ela tem bastante esperança que o Tribunal de Justiça de Santos reconheça a tese defensiva”, disse.
O advogado de Gabriel, Armando de Mattos Júnior, também alega que o cliente é inocente e espera a absolvição do investigado.
O crime
Guilherme confessou que teria matado Sérgio, mas isentou o colega e a mãe da participação no crime. Após pouco mais de dois meses de investigação, e de uma reconstituição, a Polícia Civil concluiu que Luciana pode ter induzido o filho a cometer o assassinato para receber a aposentadoria da vítima.
Segundo a corporação, ela ainda teria feito saques com o cartão do marido, em conspiração com o filho. Apesar disso, foi descartada a hipótese de que a mulher estivesse na cena do crime.
Já com relação à participação de Gabriel, foram anexadas filmagens que mostram ele e Guilherme correndo em direção ao carro deixado nas proximidades no local do crime, com capuzes. Eles também foram vistos juntos em um restaurante.
Relembre o caso Igor Peretto
Reconstituição do assassinato do comerciante Igor Peretto é realizada em Praia Grande
O comerciante Igor Peretto, de 27 anos, foi morto no dia 31 de agosto de 2024 no apartamento da irmã, em Praia Grande (SP).
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o crime foi premeditado por Rafaela Costa (viúva), Marcelly Peretto (irmã) e Mario Vitorino (cunhado e sócio), acusado de matar Igor. Os três estão presos.
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