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1 semana agoon
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O governo apresentou ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e a líderes partidários o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública. O projeto altera alguns artigos da Constituição Federal para atualizar diretrizes e unificar protocolos.
Define, por exemplo, novas atribuições para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que se chamará Polícia Viária Federal, e poderá cuidar do policiamento ostensivo nas rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
A Polícia Federal (PF) terá as atribuições ampliadas para poder investigar também milícias e crimes ambientais. O presidente da Câmara, Hugo Motta, prometeu prioridade ao assunto.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que um grupo de trabalho será criado para discutir o assunto permanentemente.
Os líderes que estiveram na reunião, na residência oficial da Câmara, ouviram as explicações do ministro sobre a PEC. A oposição saiu do encontro dizendo que pretende alterar o texto – especialmente, no que se refere às guardas municipais, que serão incluídas no Sistema Único de Segurança Pública, que será criado a partir da PEC.
Na prática, os guardas municipais poderão fazer policiamento ostensivo e comunitário e prisões em flagrantes, sem se opor ao trabalho que já é feito pela Polícia Civil e pela Polícia Militar.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, Paulo Bilynskyj, alega centralização por parte do governo federal.
Para o próprio governo, essa não é uma pauta de governo ou oposição, mas de toda a sociedade. É o que diz a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ao reafirmar a prioridade que a votação da PEC vai ganhar no Congresso.
A PEC da segurança pública ainda coloca na Constituição os fundos Nacional de Segurança Pública e o de Política Penitenciária, e prevê a participação da sociedade civil no Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
Depois de chegar ao Congresso, o texto precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por uma comissão especial e por dois turnos de votação em plenário antes de seguir para o Senado.