EUA e China abordam tarifas e fentanil em contato econômico

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, principal representante de Pequim para assuntos econômicos com Washington, realizaram nesta sexta-feira (21) sua primeira videochamada para discutir a relação comercial entre os dois países, as tarifas impostas por Donald Trump e a luta contra o tráfico de fentanil, uma prioridade da Casa Branca.

De acordo com a agência oficial de notícias Xinhua, He Lifeng transmitiu a Bessent sua “séria preocupação” com a decisão de Trump de impor uma tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas, que se soma às taxas já em vigor desde seu primeiro mandato e posteriormente mantidas pelo governo de Joe Biden.

Segundo a agência, os dois lados “reconheceram a importância” da relação comercial bilateral e “concordaram em manter a comunicação sobre questões de interesse mútuo”.

O Departamento do Tesouro dos EUA, por sua vez, disse em comunicado que Bessent expressou “sérias preocupações” sobre a falta de progresso na luta da China contra o tráfico de drogas.

“O secretário Bessent expressou sérias preocupações sobre os esforços antidrogas, os desequilíbrios econômicos e as políticas injustas da China, e ressaltou o compromisso da administração em buscar políticas comerciais e econômicas que protejam a economia, os trabalhadores e a segurança nacional dos EUA”, apontou o comunicado do Tesouro.

Os EUA alegam que a China é um dos principais fornecedores de materiais químicos usados na fabricação de fentanil, um potente opioide inicialmente usado para tratar dores crônicas, mas agora ligado a cerca de 70 mil mortes por overdose anualmente nos EUA.

Os dois países concordaram em manter contatos regulares sobre questões econômicas, comerciais e de controle financeiro da produção de drogas, que foram o foco das conversas desta sexta-feira.