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3 meses agoon
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Monitoramento é feito da sede do Dataprev, em Brasília; há centrais de controle espalhadas pelo país. Governo monitora aplicação das provas do ‘Enem dos concursos’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou neste domingo (18) a sala de situação montada na sede do Dataprev, em Brasília, para monitorar a aplicação do Concurso Nacional Unificado (CNU) em todo o país.
Lula chegou ao prédio por volta das 11h e foi acompanhado pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck – ministério que coordena a aplicação da prova.
ACOMPANHE, em tempo real, as informações sobre a aplicação das provas
Durante a visita, Esther Dweck explicou a Lula a estrutura do concurso – com uma prova de conhecimentos gerais pela manhã, e provas específicas por área à tarde.
“Tem uma base de conhecimentos gerais que todo mundo tem que fazer. E um dos temas que a gente colocou foi ética no serviço público. A gente botou diversidade, democracia, muitas coisas que as pessoas têm que ter na base. E foi muito bacana, que a gente viu os cursinhos dando aula disso”, disse a ministra.
A melhor remuneração do Concurso Nacional Unificado (CNU) é o do cargo de auditor-fiscal do trabalho (AFT) do Ministério do Trabalho, com uma remuneração de R$ 22,9 mil.
Concurseiros buscam estabilidade, salários melhores e aposentadoria robusta. São mais de 6 mil vagas disputadas entre 2 milhões de inscritos.
CNU ganhou apelido de ‘Enem dos Concursos’ por unificar a seleção para cargos federais. Candidatos pagaram uma taxa única e puderam se inscrever em várias vagas.
Esquema de segurança do CNU conta com exames grafológicos, detectores de pontos eletrônicos, coleta de digitais e monitoramento.
Acompanhe o gabarito extraoficial das provas na noite deste domingo (18). Na segunda (19), às 11h, o g1 trará um programa com a correção comentada das questões que mais desafiaram.
Lula visita sala que monitora aplicação do ‘Enem dos concursos’
Além de Lula e Esther, estiveram na sala de situação em Brasília:
a primeira-dama, Janja;
a ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas);
o ministro Luiz Marinho (Trabalho);
o ministro Laércio Portela (Comunicação Social)
o ministro Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União)
a secretária- executiva da Casa Civil, Miriam Belchior;
o procurador-geral da União, Marcelo Eugênio Feitosa Almeida;
o presidente do INEP, Manuel Palácios;
o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues;
o presidente dos Correios, Fabiano Santos;
o presidente do Dataprev, Rodrigo Assumpção;
a presidente da ENAP, Betânia Lemos;
o diretor-adjunto da Abin, Marco Aurélio Cepik.
Lula entre ministros e autoridades na sala de situação do Concurso Nacional Unificado, em Brasília
TV Globo/Reprodução
Lula faz ‘perguntas incômodas’
Durante a visita, sem falar diretamente com a imprensa, Lula disse à ministra Esther Dweck que faria a ela uma “pergunta incômoda”.
O presidente quis saber da ministra:
se, além do resultado da prova, “existe algum mecanismo de investigar outras coisas da pessoa” – incluindo, nas palavras de Lula, “o conhecimento específico na função”;
se, com a ascensão do crime organizado no país, “a gente tem como aferir o comportamento desse cidadão além do conhecimento específico que ele demonstrou na prova”.
“É um ingrediente perigoso, porque você faz o concurso, o cara entra e você não sabe o que o cara era. O cara pode ser do PCC, do Comando Vermelho, qualquer coisa”, disse Lula.
Como resposta à primeira pergunta, Esther Dweck informou que todos os aprovados no CNU vão passar por um curso de formação – não só os aprovados para as carreiras em que esse curso é exigência legal.
Segundo Esther, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) está montando o curso que será aplicado aos novos servidores.
Todos os ministérios serão contemplados
Segundo Esther, todos os ministérios receberão novos servidores, sem exceção.
A definição de onde serão lotados os servidores das carreiras gerais – analistas de tecnologia da informação, por exemplo, necessários em vários ministérios – ainda será feita pelo governo.
“Vai chegar gente para todos os ministérios. Se a gente não tivesse adiado, as pessoas estariam entrando agora em agosto. Com o adiamento, vão entrar em janeiro”, disse a ministra.