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18 horas agoon
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Datafolha: 28% avaliam governo Lula como ótimo ou bom e 40% como ruim ou péssimo
A nova rodada de pesquisas, com levantamentos de Datafolha e Ipec/Ypsos – continua a mostrar que o presidente Lula não consegue sair do fundo do vale da avaliação do eleitorado sobre sua administração.
A sua equipe avalia que uma recuperação passa por uma atuação direta dele nas redes sociais, principalmente WhatsApp, mas até agora o petista segue resistindo a ter um celular e produzir mensagens curtas para falar diretamente com a população.
A avaliação anterior, de que a desaprovação do desempenho de Lula também tinha como explicação o fato de a população não ter conhecimento dos principais programas do governo, já não justifica mais a queda na aprovação presidencial.
São as seguidas crises desde o final do ano passado que derrubaram a aprovação do presidente, agravada pelo seu distanciamento das redes sociais.
Lula havia prometido à sua equipe que estava disposto a mudar. Até agora, porém, o presidente não deu nenhum passo para ter um celular na sua mão para fazer essa interação direta com a população.
“Ele [o presidente] é que tem esse poder, mas resiste a adotar essa estratégia”, diz um assessor.
Início de melhora na avaliação entre os mais pobres
Ipsos-Ipec: 37% confiam no presidente Lula; 58% não confiam
A única notícia boa dessa última rodada de pesquisas foi um início de recuperação entre o eleitorado de baixa renda e no Nordeste.
No eleitorado de classe média, no entanto, a rejeição ao petista se agrava a cada levantamento dos institutos de pesquisas.
Segundo assessores, esse resultado é a prova de que a atuação da direita bolsonarista nas redes sociais – explorando crises como a do PIX, INSS e aumento de tributos – tem tido um grande efeito.
Ausência no digital e na política
Beatriz Toassa, de 15 anos, e Isabella Toassa, 14 anos, com o presidente Lula
Arquivo Pessoal
Não é só no campo digital que a presença de Lula é requisitada. No da política, também há reclamações.
Líderes reclamam que o presidente sempre promete estar mais perto dos parlamentares, faz alguns movimentos, mas não entra em campo diretamente.
O resultado, segundo parlamentares, é a sensação de que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está isolada na articulação política.
Lula, segundo líderes, precisa mudar seu comportamento rapidamente para garantir, por exemplo, a aprovação da medida provisória que substitui o aumento do IOF. “Só ele pode salvar essa MP”, diz um líder governista.