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Após a vitória eleitoral de Donald Trump em novembro, o governador da Califórnia, o Democrata Gavin Newsom, convocou uma sessão especial do Legislativo estadual para blindar o estado das políticas prometidas pelo próximo presidente americano. No topo da agenda: o esforço de Newsom para impedir que a segunda administração Trump deporte estrangeiros ilegais que vivem na Califórnia, um estado considerado frouxo nesse tema.
“Isso vai contra o estado de direito e contra a vontade do povo americano que elegeu Trump”, afirma a empresária do Vale do Silício, Allison Huynh, sobre os planos do governador Newsom. Ela se tornou voz ativa da direita americana, aparecendo na TV e podcasts.
Os Democratas que controlam a Califórnia “romantizaram” as cidades-santuário, os estrangeiros ilegais e até o crime, diz Allison, que no passado chegou a angariar fundos para a candidatura de Barack Obama e o Partido Democrata.
“Estamos apenas abrindo o portão e permitindo a entrada de todos esses imigrantes ilegais, muitos criminosos, traficantes de drogas, e tudo isso é financiado por George Soros e os cartéis”, diz a empreendedora, referindo-se ao investidor húngaro-americano, liberal ativista político e doador. Candidatos financiados por Soros a promotor público, considerados brandos com o crime, venceram eleições em cidades da Califórnia e de outros estados.
Uma narrativa perpetuada na Califórnia justifica o crime em nome da bondade para com os pobres, diz ela, mas a realidade é que “somos basicamente sapos sendo cozidos vivos”. Allison cresceu sob o regime comunista do Vietnã até aos 7 anos, quando a sua família se mudou para os Estados Unidos. Agora, a empresária, que reside em São Francisco, afirma assistir seu estado abraçar o “socialismo completo”.
Allison Huynh participou do mais recente episódio do The Daily Signal Podcast e explicou como entende que as ações do governador Newsom estariam movendo a Califórnia em direção ao socialismo. Ela também opinou se ainda há esperança para o seu estado. A seguir, as principais declarações que Allison fez ao podcast do The Daily Signal.
“Por que nós precisamos proteger a Califórnia contra o Trump, como quer o governador Newsom? A maioria dos americanos votou no Trump. Fora das grandes cidades, como São Francisco e Los Angeles, a Califórnia é vermelha (cor do Partido Republicano). Nós queremos mudança. Há um mandato nacional para fazer das nossas ruas mais seguras, para tapar o buraco da imigração. O governo estadual diz que estamos exagerando, que não há problema algum. Uma loja de conveniência enorme na minha cidade acaba de fechar as portas. A loja Target, perto da Universidade de Stanford, onde toda a garotada ia depois da aula, acaba de fechar. Por quê? Por causa dos roubos. Temos grandes problemas na área de crimes, imigração ilegal, overdoses de drogas. Gavin Newsom está ignorando tudo isso.”
“Eu sou uma imigrante, cheguei aos Estados Unidos de maneira legal, não passei à frente de ninguém na fila. Meu pai lutou junto das forças militares americanas. Nós lutamos por democracia no sudeste asiático da melhor forma que pudemos. Depois, nós esperamos e eu pude me tornar uma cidadã americana. Meu pai e toda a comunidade vietnamita é muito pró-Trump porque nós lutamos contra o socialismo e o comunismo na Ásia. Nós conhecemos as chagas do comunismo. A Califórnia está abrindo as portas e deixando todos os imigrantes ilegais entrarem. Criminosos, traficantes… E é tudo bancado pelo George Soros e os cartéis. Se você seguir o dinheiro, vários promotores são financiados por empresas gigantes de tecnologia, Bill Gates, Google, George Soros. Eles querem esse caos na Califórnia.”
“Minha filha sofreu uma violência em Los Angeles. Ela é uma estudante de enfermagem. O promotor distrital, que era bancado pelo Soros, não fez nada. No meu bairro favorito de São Francisco, que é uma espécie de nova Chinatown, onde muitos asiáticos-americanos possuem estabelecimentos, o crime não para de subir. Foram 21 mil assaltos apenas nos dois últimos anos. Você chama a polícia e ninguém faz nada. Esse é o preço que pagamos por esse experimento que o governo e seus financiadores fazem, que é o marxismo. No fim das contas, é comunismo. Turbulência, coisas estranhas acontecendo. Eles querem mudar o nome do colégio Abraham Lincoln porque ele seria racista, sendo que ele libertou os escravos. Eu enxergo essas coisas por ter crescido num país comunista até meus sete anos. Minha família conseguiu escapar, mas eu falo com muitos amigos da Venezuela, de Cuba, e, se você vem de um lugar marxista como esse, você sabe muito bem onde isso vai dar.”
“Outro dia eu estava numa grande avenida aqui e vi traficantes de Honduras atuando. Eu estava andando de bicicleta com uma amiga e fomos ver um show. Botamos travas nas nossas bicicletas, mas quando voltamos, elas tinham sido roubadas. São Francisco virou uma zona de guerra. Quando eu reclamo, dizem que estou exagerando, que a Califórnia é linda, um santuário como Roma, fundada por imigrantes. É uma versão romantizada das cidades e dos ladrões, como no romance Os Miseráveis, do Victor Hugo. Dizem que os bandidos precisam dessa comida para alimentar suas famílias, então por que eles deveriam ir para a cadeia por roubar um pão? Isso é socialismo puro. Estamos caminhando para virarmos um estado comunista. Não tem nada de romântico ou idílico nisso. Foi por isso que me divorciei do Partido Democrata. Eles não escutam, não vivenciam os problemas.”
“Sou uma pessoa otimista, passei por maus bocados no meu país. Nós vamos perseverar, assim como o presidente Trump. Ele passou por duas tentativas de assassinato, um monte de indiciamentos, mas ele é um guerreiro, os americanos são duros na queda. Quando nos chutam e nos derrubam, nós não vamos para a terapia. Nós lutamos! E, às vezes, fazemos piadas. Eu sou americana, trabalhadora, e os próximos anos serão ótimos. A Califórnia tem muitos recursos naturais, muitas pessoas talentosas no Vale do Silício onde eu estou, um monte de gente criativa lá em Hollywood, filmes inspiradores. O Gavin Newsom vai cair fora daqui a dois anos. É importante que os californianos batam de frente e digam que não aceitam mais que o estado vá por esse caminho. Temos muitos imigrantes legais aqui, seja da Ásia, seja daquelas Repúblicas das Bananas da América do Sul e Central. Quanto mais levantarmos nossas vozes, mais chances teremos de voltar para o senso comum. Somos uma nação judaico-cristã. Temos de seguir esses princípios, não os do marxismo, que são princípios românticos, mas no fim do dia, só beneficiam os abastados, os grandes governantes e seus financiadores.”