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1 semana agoon
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Após o Athletico determinar o encerramento das categorias sub-9 e sub-10, as crianças que estavam na base do Furacão recorreram a outros clubes para seguirem o desenvolvimento no esporte e manterem o sonho de serem jogadores profissionais.
Segundo apuração do UmDois Esportes, há crianças dessa faixa etária que foram para outros clubes locais, como Coritiba, Paraná Clube, São Joseense e Hope Internacional. Contudo, há também quem tenha mudado de Estado, já que a reportagem ouviu de pais que atletas se mudaram e estão no Palmeiras e no Botafogo.
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Quem teve condições de deixar o Estado levou vantagem por um motivo: de acordo com os regulamentos estaduais, os jogadores mirins que disputaram algum torneio pelo Athletico não podem defender outros clubes até o fim deste ano. Quando o Furacão decidiu encerrar as atividades, os meninos já tinham atuado nos campeonatos Metropolitano e Paranaense das categorias.
Seis crianças do sub-9 e duas do sub-10 estão no São Joseense, clube que passa por uma reformulação com a chegada de Marlos. O ex-meia do Athletico e do Coritiba virou o novo diretor-executivo da equipe de São José dos Pinhais, que também anunciou o ex-técnico Pachequinho como diretor de futebol.
Já no Paraná Clube, três crianças seguem em treinamentos sem poder atuar nos torneios principais. Contudo, as crianças são envolvidas em torneios “novos”.
A Paraná Cup, que será disputada nesta semana, pode ser um respiro nesse fim de ano para alguns aspirantes a atletas que deixaram o Furacão. Equipes como o Paraná Clube e o Hope Internacional, além do Clube Curitibano e o Trieste, estão confirmados nas disputas que envolvem do sub-6 ao sub-17.
Apesar de ter encerrado as categorias, o Athletico ainda faz o trabalho de monitoramento das crianças dispensadas e pode propor um retorno. Pelo menos foi esse o relato de pais ouvidos pela reportagem.
No entanto, a indefinição no futuro da base rubro-negra pode se tornar um fator contra o retorno ao Furacão.
“Vamos esperar acabar o ano para ver o que fazer, mas não sabemos se vamos esperar. Ele tem bastante convite de outros Estados”, diz um dos pais ouvidos pela reportagem, sob a condição do anonimato.
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Vale lembrar que, com 11 demissões, o departamento de futebol do Athletico passou por uma reformulação quase total neste ano.
Para se ter ideia, os responsáveis por comunicar as famílias das crianças sobre os encerramentos das categorias nem sequer estão mais no clube. Próspero Paoli, que era o coordenador técnico-metodológico, e Felipe Gil, ex-gerente geral das categorias de formação, foram dois dos 11 demitidos em julho.
As demissões foram comunicadas por Rodrigo Possebon, contratado como diretor das categorias de base do Furacão na semana anterior às demissões. O ex-volante, que chegou a jogar no Manchester United, chamou cada profissional separadamente.
Em julho, o UmDois Esportes antecipou o fim das categorias sub-9, sub-10 e sub-11. No entanto, o Athletico recuou e decidiu por manter as crianças do sub-11.
Entretanto a categoria também pode deixar de ser funcionar dentro do clube a partir do ano que vem. A estratégia é tentar fortalecer as Escolas Furacão, que são unidades autorizadas pelo clube para a “formação de cidadãos”, sendo que os alunos que se destacam são avaliados pela captação de atletas do clube.
“A [categoria sub-] 11 ainda está lá. Há uma análise em relação ao próximo ano, mas tenham por certo de que o cuidado, a atenção e o carinho, se tiver como está agora, vamos tentar proporcionar excelência como se estivesse dentro da instituição”, avaliou o diretor técnico em outubro.
No comando do futebol do Furacão, Autuori não discordou e nem criticou a decisão tomada pelo Athletico antes da sua chegada. Além disso, ponderou que a prioridade dessa faixa etária é a aprendizagem para toda a vida.
“Foi uma decisão tomada não de uma hora para outra, [foi] pensando em potencializar melhor isso e utilizar mais as escolas Furacão. Não é fácil você ter, nessa faixa etária, que chamamos de golden age (idade de ouro), que não tem apenas a ver com o futebol, mas com a vida em termos de aprendizado”, ponderou.
“É o momento que você aprende as coisas. E aprende de maneira longitudinal, que você carrega para o resto da vida. Desde que tenhamos pessoal, levando gente com qualidade e fazendo um trabalho de excelência como dentro do clube, é algo que pode sim potencializar as escolas furacão, que é importante para a instituição também. O importante nisso é a qualidade que você oferece às categorias de formação”, completou na ocasião.
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