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Nicolás Maduro tem atacado o Brasil após recusa nos Brics, bloco dos países emergentes. Governo brasileiro não reconheceu vitória de Maduro em eleição sem transparência. Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Lula durante cúpula do Mercosul, no Paraguai, nesta segunda-feira (8).
Ricardo Stuckert/PR
O Itamaraty divulgará nesta sexta-feira (1) uma nota deixando claro que não gostou dos ataques de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, direcionados ao Brasil, ao presidente da República, Lula, a diplomatas brasileiros e assessores do Palácio do Planalto.
A nota, contudo, “será sóbria, sem cair na luta livre no gel”, afirmou ao blog um integrante do governo próxima ao assunto. O chanceler Mauro Vieira está negociando os termos finais do comunicado.
Na avaliação da fonte, não dava mais para a diplomacia brasileira se calar diante de tantos ataques.
“Foram várias ofensas dirigidas ao Brasil”, diz essa fonte.
Eleição e recusa nos Brics
Nesta semana, a Venezuela agravou a crise diplomática ao convocar o embaixador do país no Brasil e afirmou que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, atua como “um mensageiro do imperialismo norte-americano”.
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A crise entre os países teve início quando o Brasil não reconheceu a autoproclamada vitória de Nicolás Maduro na eleição do país, em julho. A vitória foi confirmada por órgão eleitorais venezuelanos que são alinhados a Maduro.
Mais recentemente, o Brasil e posicionou contra a entrada da Venezuela no Brics, o bloco dos países emergentes. Maduro cobrou que Lula se pronunciasse sobre a posição contrária.
Ainda nesta semana, a polícia da Venezuela publicou uma foto com bandeira do Brasil e os dizeres “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”. Na imagem também aparece silhueta de um homem que aparenta ser o presidente Lula.
Polícia Nacional da Venezuela publicou foto com provocação ao Brasil
Reprodução