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O presidente da Polônia, Andrzej Duda, inaugurou oficialmente nesta quarta-feira (13) a base de defesa antimísseis dos EUA em Redzikowo, no norte do país, chamando-a de “símbolo” das relações entre os países.
Durante a cerimônia, Duda enfatizou que “a partir do momento em que uma base de defesa antimísseis dos EUA for construída aqui, o mundo inteiro verá claramente que esta não é mais a esfera de influência da Rússia”, e afirmou que “se em algum lugar do mundo houver um país insatisfeito por ter militares americanos, que eles venham até nós, nós sempre os receberemos com alegria”.
O ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, descreveu a entrada em operação da base como um “marco” na defesa contra mísseis e disse que “a Polônia faz parte da melhor e mais eficaz defesa aérea da Otan”.
Já o ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, lembrou que a assinatura do acordo para a construção da base ocorreu em 2008, poucos dias após a invasão da Rússia na Geórgia, e enfatizou que a instalação, construída apesar das mudanças de governo em Varsóvia e Washington, é um “monumento” à aliança entre Polônia e EUA.
O embaixador dos EUA na Polônia, Mark Brzezinski, também presente na entrevista coletiva, enfatizou a importância da base para a Otan e elogiou a decisão da Polônia de gastar 4,7% do seu PIB em defesa, o que ele disse ser “um modelo para outros membros da Aliança”.
A base, que abriga o sistema antimísseis Aegis Ashore, faz parte do escudo de defesa antimísseis europeu dos EUA, que também inclui uma base semelhante em Deveselu, na Romênia, um radar na Turquia e um centro de comando na Alemanha.
O sistema foi projetado há mais de uma década para combater a ameaça de mísseis balísticos do Irã e a decisão de construí-lo foi tomada durante a presidência de Barack Obama em 2009, quando a principal preocupação era o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Alguns analistas questionam a real utilidade da base de Redzikowo no contexto atual e, por exemplo, o especialista em geopolítica Marek Swierczynski disse à Agência EFE que a base é, “até certo ponto, uma ‘relíquia de uma era anterior’”, pois “foi projetada para (enfrentar) a ameaça do Irã, não da Rússia, e isso tem suas consequências”.
De acordo com o especialista, neste momento seria necessário “redefinir o papel da base”, cujos mísseis SM-3 IIA têm eficácia “questionável” contra possíveis ataques de Rússia ou Belarus.