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A juíza Ketanji Brown Jackson, indicada pelo democrata Joe Biden à Suprema Corte dos Estados Unidos em 2022, fez sua estreia na Broadway no último sábado (14) ao aparecer de forma inesperada no musical “& Juliet”, em Nova York.
Sua participação especial no espetáculo, que a transformou na primeira magistrada da corte a realizar tal ato, rapidamente se tornou tema de polêmica e críticas nos EUA.
Segundo informações da mídia americana, Jackson, que integra a ala progressista da Suprema Corte, subiu ao palco para interpretar um papel criado especialmente para ela no musical. “& Juliet” é descrito como uma releitura “moderna e alternativa” do clássico romance “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare. Nesta versão, Julieta não tem o mesmo final que seu amado Romeu e “segue em frente” após a morte do mesmo, que, segundo o musical, a traia com várias mulheres.
“Embarque em uma jornada fabulosa enquanto ela abandona seu final trágico em busca de um novo começo e uma segunda chance na vida e no amor — do seu jeito”, diz a descrição do musical.
O musical conta com a defesa da independência feminina e inclusão de personagens que refletem ideologias atuais, como um amigo de Julieta que se identifica como “não-binário”.
Segundo a Fox News, a magistrada estava vestindo um jeans e um corset azul e participou de duas cenas, onde chegou inclusive a cantar.
Em entrevista à emissora CBS News, Jackson disse que a experiência foi “pessoalmente significativa”. Ela descreveu sua presença na Broadway como um marco em sua vida.
“Eu acho que isso significa que tudo é possível”, afirmou.
Segundo a magistrada, o teatro foi uma “paixão antiga desde a infância” e, por um momento, chegou a ser considerado como uma alternativa à carreira no direito.
A participação de Jackson no musical, no entanto, foi recebida com desconforto por críticos. O empresário Elon Musk chegou a brincar, sugerindo que Jackson deveria a partir de agora “cantar seus vereditos”.
A Libs Of TikTok, uma conta na plataforma X que critica as políticas progressistas, escreveu que Jackson deveria “parar de dar vereditos”.
“Ela deveria seguir seu sonho [o teatro] e renunciar! [à Suprema Corte]”, pontuou.