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Anunciado como novo técnico do Athletico, Maurício Barbieri tem muito a fazer no que diz respeito ao desempenho da equipe. Rebaixado após péssima campanha no returno do Brasileirão, o Furacão inicia um novo projeto para conquistar o acesso em 2025.
A principal novidade com o anúncio de Barbieri é a quebra das tentativas em formar treinadores. Com experiências em clubes tradicionais como Flamengo e Vasco, o comandante, apesar de ter apenas 43 anos, já lidou com a pressão em outras oportunidades.
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Barbieri é um técnico muito mais testado e experiente do que Lucho González, Martín Varini, Wesley Carvalho e Paulo Turra, para citar algumas das apostas do Furacão nos últimos anos. Também por esse motivo, a torcida rubro-negra teve reações divididas em relação ao nome do novo comandante.
Nesse contexto, a escolha do Athletico também vai em direção para menos trocas no cargo. O clube é conhecido por ser um moedor de técnicos, mas sabe que as mudanças no comando culminaram na queda à Série B. Com Barbieri, a aposta feita também é em uma maior estabilidade.
Estudioso, como aponta a formação em Ciências do Esporte pela Universidade de São Paulo (USP), e tranquilo, sem muitas polêmicas na carreira, Maurício Barbieri chega ao Athletico.
O treinador é reconhecido por promover um vestiário equilibrado e sem grandes problemas. O treinador não passou por um afastamento, como aconteceu com o meia Nikão, por exemplo, e é geralmente elogiado por ex-comandados pela relação.
Além disso, ele praticamente não se envolve em polêmicas. Uma aconteceu em 2023, quando estava no Vasco e havia perdido para o Santos. Na entrevista pós-jogo, disse que os paulistas nunca tinha sido rebaixado e estava “acostumado a jogar na elite”, o que causou a irritação dos cariocas.
No entanto, Barbieri fez questão de se desculpar. “Escolhi mal as palavras e gerei um desconforto no torcedor, maior patrimônio do clube. Quero me desculpar. Quero reforçar o sentimento de privilégio que tenho por defender essa camisa, essa história e esse escudo”, declarou na sequência.
O grande trabalho da carreira de Maurício Barbieri foi no Red Bull Bragantino. Com mais estabilidade, o treinador chegou a completar dois anos e um mês no time paulista.
Foram 151 jogos no total, com 58 vitórias, 45 empates e 48 derrotas, resultando no aproveitamento de 48,6%.
Barbieri chegou a ser o técnico mais longevo do Brasil e levou o Massa Bruta à final da Copa Sul-Americana 2021, na qual perdeu justamente para o Athletico.
Barbieri ficou marcado por ter tido boas campanhas no Brasileirão. Quando chegou, em 2020, tirou o time da briga contra o rebaixamento. Já em 2021, a equipe terminou na 6ª posição e conquistou vaga para a Libertadores.
Na última temporada no clube, no entanto, o treinador viu o desempenho cair bastante e acabou demitido após uma goleada por 6 a 0 sofrida para o Fortaleza.
Vale lembrar que o Athletico vai jogar a Série B com apenas um rival que também foi campeão continental: a Chapecoense. Ou seja, a tendência é que as equipes fiquem bem postadas defensivamente e que o Furacão proponha o jogo.
Nesse sentido, um dos pontos fortes de Barbieri é o repertório ofensivo, elemento que se perdeu desde que Lucho foi anunciado no Furacão.
No Bragantino, o treinador fazia variações entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3, com um volante e dois meio campistas, além de dois pontas geralmente agudos e abertos. O técnico incentiva a jogada individual e tenta armar combinações para sincronizar movimentos.
Já no Vasco, aconteceu a mesma coisa, mas não deu certo. Por falta de meias criativos, o técnico chegou a usar três volantes em diversas partidas, o que não evitou a vulnerabilidade defensiva. No fim das contas, o time deixou a desejar e Barbieri acabou demitido.
A experiência serve de alerta. Isso porque a falta de qualidade técnica e também a questão física são dois fatores fundamentais e que impactam diretamente nesse estilo de jogo. Vale lembrar que o Bragantino teve jogadores como o meia Claudinho, desejado pelo Flamengo, e o atacante Artur, ex-Palmeiras, que são companheiros no Zenit, da Rússia.
Portanto, são dois aspectos que o Athletico precisa ficar atento. Contudo, a presença do meio campista João Cruz pode ser uma das armas da provável equipe titular de Barbieri.
Além disso, na construção do jogo, Barbieri alterna a linha defensiva. Um recurso é recuar o volante para se colocar entre a dupla de zaga, liberando mais os laterais. O que não é negociável é a pressão pós-perda. A equipe ataca a bola e tenta recuperar ainda no campo de ataque ou gerar um erro do adversário.
Apesar disso, a pré-temporada do Athletico deve ser focada em definir o elenco, que ainda está cheio de indefinições, e retomar o ritmo dos atletas para o início da disputa do Campeonato Paranaense.
A reapresentação está marcada para o dia 26 de dezembro, quinta-feira. O Furacão abre a temporada 2025 no clássico contra o Paraná Clube no dia 11 de janeiro, sábado, às 16h, na Ligga Arena, em Curitiba.
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