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Segundo investigações, jogador do Flamengo forçou falta para levar cartão em jogo contra o Santos no Brasileirão de 2023. Parentes do atleta apostaram que levaria amarelo. Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo da PF em operação contra manipulação em bets
A Polícia Federal chegou ao suposto esquema de manipulação de resultado em jogo do Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2023 ao rastrear volume atípico de apostas no mercado de cartões.
Nesta terça-feira (5), a PF realizou a operação Spot-fixing, da qual o jogador do clube carioca Bruno Henrique é alvo.
Segundo as investigações, o atleta forçou uma falta para cartão em partida contra o Santos, válida pelo Brasileirão de 2023, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas.
Três empresas que atuam como bets relataram às autoridades uma anormal concentração de apostas relacionadas à partida, especificamente, na possibilidade de recebimento de um cartão por Bruno Henrique.
Os agentes da PF cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).
Entre os endereços visados, estão a casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca, o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, e a sede do clube, na Gávea.
A investigação começou com uma comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (Ibia) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões naquela partida do Campeonato Brasileiro.
No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às bets, por intermédio dos representantes legais indicados pelo Ministério da Fazenda , apontaram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele tomaria um cartão amarelo — o que de fato aconteceu.
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Alexandre Durão
“Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, disse o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que deu apoio à ação.
A partida sob investigação ocorreu em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado. O mando da partida era do Flamengo, que optou pelo Estádio Mané Garrincha, em Brasília.