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Secretário de Gestão Pública de Avaré (SP) foi preso por violência doméstica, perseguição e lesão corporal
Reprodução/Redes sociais
O secretário de Gestão Pública de Avaré (SP), Wellington Oscar Murbach, de 40 anos, segue com contrato ativo na prefeitura. Ele já foi condenado por crime de ódio e é investigado por agredir a companheira, em 17 de novembro deste ano. O caso segue sendo apurado pelas autoridades.
O g1 consultou todas as edições do Diário Oficial de Avaré desde a data da prisão e, até o momento, a exoneração de Wellington não foi publicada. A prefeitura não respondeu a nenhum dos questionamentos enviados pela reportagem.
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Até o momento, o secretário segue recebendo um salário de R$ 7,2 mil, conforme o Portal da Transparência da cidade. Além disso, a remuneração mais recente foi o depósito de um vale-alimentação de R$ 1 mil, no mês de novembro.
Wellington consta como funcionário ativo no portal da transparência
Reprodução
Investigação por violência doméstica
Segundo a polícia, a vítima, uma mulher de 35 anos, relatou ter sido agredida e ameaçada pelo secretário. Ela pediu medida protetiva de urgência para impedir que ele se aproxime ou tente contato com ela.
O casal foi levado à delegacia e passou por exame de corpo de delito. Segundo a polícia, Murbach negou as acusações, mas os exames confirmaram lesões leves em ambos. Ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte e terá de cumprir medidas cautelares alternativas à prisão.
A Prefeitura de Avaré informou, à época, que tomou conhecimento dos fatos no dia do ocorrido e que acionou a Procuradoria Geral do município para obter informações sobre o caso. A defesa do secretário não foi localizada para comentar a situação.
Secretário de Gestão Pública de Avaré é preso por violência doméstica
Condenação em 2022
Wellington Murbach já havia sido condenado a dois anos em regime aberto pela Justiça ao incitar discriminações nas redes sociais. Na sentença, à qual o g1 e a TV TEM tiveram acesso, o secretário publicou incitações e ofensas contra nordestinos após as eleições presidenciais de 2022.
“Tem que quebrar na porrada essa gente escrota, não tem mais diálogo, não. Se quiserem te ferrar, faça como eu: vá para cima e arrebente na porrada. O crime compensa mesmo”, disse o secretário nas redes sociais.
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À época, Murbach admitiu as ofensas à Justiça e alegou ter feito as postagens de forma impulsiva. O juiz responsável pelo caso, Leonardo Labriola Ferreira Menino, entendeu que as mensagens configuraram como discurso de ódio e ultrapassaram os limites da liberdade de expressão.
Ainda conforme o documento, o secretário teve a pena de prisão de dois anos em regime aberto substituída por prestação de serviços à comunidade, em horários que não prejudicassem sua rotina de trabalho.
Também foi determinado o pagamento de prestação pecuniária equivalente a dois salários mínimos – cerca de R$ 3 mil, além da multa já aplicada, no valor de R$ 404.
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