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3 meses agoon
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As vendas do setor supermercadista registraram alta de 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a junho, o crescimento foi de 2,41%, enquanto no acumulado do ano, o indicador apresenta alta de 2,66%.
Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e contemplam todos os formatos de supermercados.
O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços de 35 produtos de largo consumo, teve retração de 0,78% em julho, marcando a segunda queda consecutiva após o recuo de 0,43% em junho. Com o novo recuo, o valor médio da cesta passou de R$ 819,81 para R$ 813,44.
A análise por regiões apontou, pela primeira vez, retração em todas as regiões do país. A maior queda foi observada no Centro-Oeste (-1,51%), com a cesta passando de R$ 772,03, em junho, para R$ 760,40, em julho. Em seguida, aparece o Sudeste (-0,97%), com redução de R$ 836,85 para R$ 828,77.
No Sul, os preços recuaram 0,37%, com o preço da cesta caindo de R$ 897,63 para R$ 894,33. O Nordeste apresentou queda de 0,34%, passando de R$ 730,98 para R$ 728,48. Já o Norte teve a menor variação negativa, com recuo de 0,16%, e a cesta finalizando o mês em R$ 887,07, ante R$ 888,51, em junho.
Em relação ao perfil de consumo, a associação afirma ter ocorrido um reposicionamento relevante nas categorias de maior peso, sinalizando uma reconfiguração nas preferências das famílias.
Nas commodities, a participação dos itens da faixa de preços mais baixos recuou 8,8 pontos percentuais em relação a julho de 2024, passando de 49,8% para 41,0%.
Em contrapartida, os produtos de preço médio ganharam espaço, com avanço de 8,5 ponto (48,2% para 56,7%). Na mercearia, observou-se aumento de 3,8 pontos nos itens de preço médio (18,7% para 22,5%), movimento compensado pela queda de 3,4 pontos nos produtos de preço alto (18,5% para 15,1%).
Nos perecíveis, os itens de preço baixo perderam 2,1 pontos de participação (de 42,0% para 39,9%), enquanto os de preço alto avançaram 1,3 ponto (de 21,9% para 23,2%). Apesar disso, a maior parte da demanda ainda se concentra na faixa mais barata, embora com menor peso do que no ano anterior.