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Um processo antitruste movido por mais de mil ex-lutadores pode custar bilhões de reais ao UFC. A ação, protocolada em dezembro de 2014, é liderada pelo vietnamita naturalizado americano Cung Le, peso-médio que lutou no Ultimate e Strikeforce.
O ex-atleta alega que o UFC promoveu um esquema para “monopolizar” o mercado de lutadores profissionais de MMA ao comprar ligas como Pride, Strikeforce e WEC, eliminando a concorrência. Até o fim de 2015, outros quatro processos parecidos também foram protocolados e acabaram sendo incluídos na mesma ação.
Já entre 2021 e 2023, mais três processos da mesma natureza foram registrados, resultando em uma ação coletiva que, ao todo, envolve cerca de 1200 ex-lutadores da organização, incluindo ex-campeões, como Fabrício Werdum, Lyoto Machida e Miguel Torres. A brasileira Bethe Correia também está inclusa no processo.
Entre outras alegações, além da acusação de monopólio, estão danos físicos permanentes como lesões cerebrais, lesões corporais graves e até um pescoço quebrado – todas sofridas dentro do período em que lutavam no UFC ou em uma das ligas adquiridas pela TKO Group Holdings, empresa dona do Ultimate.
Desde o início da ação, o Ultimate tenta fazer um acordo para evitar os tribunais. Em março deste ano, a organização quase conseguiu.
A quantia a ser paga seria de US$ 375 bilhões (R$ 2,19 bilhões, na cotação atual), sendo US$ 335 milhões (R$ 1,9 bilhão) a lutadores que atuaram no evento entre 2010 e 2017, e o restante da quantia para os demais.
O julgamento estava marcado para o dia 15 de abril, mas foi suspenso para análise da Corte. Em outubro, o juiz Richard Boulware recusou a proposta e remarcou o julgamento para o dia 3 de fevereiro de 2025.
A decisão, no entanto, não agradou os ex-lutadores, que preferem já receber esse valor para garantir um alívio financeiro antes do caso ir aos tribunais e poder ficar preso em apelações durante muito mais tempo.
Mas a negativa de Boulware significa que a Corte pode exigir um valor muito maior do UFC para os ex-atletas; especialistas calculam que a TKO Group Holdings deveria pagar, no mínimo, US$ 894 milhões (R$ 5,2 bilhões) – esse valor pode chegar a até US$ 1,6 bilhão (R$ 9,3 bilhões).
Na pressa por receber a indenização, os autores do processo entraram em mediação privada com a TKO, que também tem interesse em um acordo inferior aos US$ 894 milhões. Em razão dessa possível negociação, o julgamento poderá até ser adiado.
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