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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira (31) que a operação policial realizada no Rio de Janeiro representa “um revés importante contra o crime organizado” e defendeu a necessidade de “solidariedade e cooperação entre os Estados” no enfrentamento às facções criminosas.
Tarcísio, que participou da reunião com governadores chamada por Cláudio Castro (PL), do Rio, na quinta-feira (30), defendeu as operações de retomada de áreas controladas por facções, classificando-as como fundamentais para preservar a soberania nacional.
“Não podemos permitir que o tráfico e o crime organizado dominem porções do território; transigir com a ordem é abrir mão do progresso”, afirmou a jornalistas, após evento de entrega de moradias na região de Campinas pelo programa Casa Paulista.
O governador reiterou que o Estado tem cooperado com o Rio de Janeiro no compartilhamento de inteligência, recursos e efetivo policial para auxiliar nas ações de monitoramento e patrulhamento após a operação federal nas comunidades cariocas. Segundo ele, a cooperação interestadual é essencial diante do avanço do crime organizado, que, em suas palavras, “deixa de ser um confronto entre polícia e bandido para se tornar uma guerra irregular e de domínio territorial”.
Tarcísio também destacou que São Paulo tem colaborado com as forças fluminenses em ações de inteligência, monitoramento e patrulhamento. Ele citou o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) como base para ampliar a cooperação interfederativa na área de segurança pública, incluindo o compartilhamento de dados e o uso conjunto de tecnologias.
Na noite de quinta-feira, após participar de uma premiação da Veja Negócios, ele já havia defendido que facções criminosas sejam classificadas como grupos terroristas, alegando que suas ações no país justificam a equiparação e destacou a importância da cooperação entre governos e citou o combate à Cracolândia como exemplo de atuação conjunta bem-sucedida. “A gente tem uma grande oportunidade de promover uma virada de jogo na segurança pública”, afirmou.
Na entrevista desta sexta, o governador também comentou o avanço das investigações sobre falsificação de bebidas com metanol, que resultaram em nove mortes e 46 casos de intoxicação confirmados. Segundo ele, “o combate à falsificação é contínuo” e inclui ações de fiscalização, fechamento de estabelecimentos e acordos de cooperação com fabricantes. “É um trabalho que não se encerra com a crise. Se não formos efetivos, amanhã podemos ter um novo problema”, afirmou.
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