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Anunciada em 2021 como Projeto Cerrado, a Unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) completou um ano de operação se consolidando como o maior investimento industrial da companhia no Brasil. O empreendimento foi concebido com um objetivo claro: integrar produção industrial de grande porte a desenvolvimento regional sustentável, e exigiu R$ 22,2 bilhões para ser implantado. Agora, combina alta eficiência produtiva com um plano de desenvolvimento regional que já destinou mais de R$ 300 milhões a iniciativas sociais, obras de melhorias de infraestrutura urbana e ações ambientais.
O investimento da Suzano incluiu o cumprimento do Plano Básico Ambiental (PBA), composto por 21 projetos nas áreas de saúde, educação, habitação, segurança pública e geração de renda. Parte do plano foi entregue em obras e equipamentos, que chegaram a R$ 57,3 milhões. Somam-se a esses esforços os investimentos voluntários de cerca de R$ 14 milhões em sete esferas sociais, com foco em tirar famílias da linha da pobreza, gerar oportunidades de trabalho e renda e fortalecer comunidades locais. Além disso, a empresa também construiu 954 casa para colaboradores, contribuindo com o sistema imobiliário local, bem como implantou um Centro Médico Sepaco, destinado a funcionários e usuários de convênios de saúde parceiros.
Maurício Miranda, diretor industrial da Regional Sul da Suzano, explica que a escolha de Ribas do Rio Pardo para sediar a nova unidade levou em conta aspectos estratégicos, como proximidade com a base de plantio, topografia favorável à mecanização do cultivo e às rotas logísticas de escoamento, além da ampla disponibilidade de terras anteriormente antropizadas para o plantio de eucalipto, e foi além. “A decisão também considerou o potencial de geração de impacto positivo no desenvolvimento econômico e social da região”, explica.
A escuta ativa e o diálogo constante com a população permitiram cocriar soluções, respeitando a cultura e as necessidades locais, antecipando demandas e ajustando estratégias.
A unidade levou à região milhares de oportunidades de trabalho. Miranda afirma que, na fase de obras, mais de 10 mil empregos diretos simultâneos foram criados, chegando a cerca de 40 mil postos no total, ao longo do projeto. “Com a operação em curso, são três mil empregos permanentes nas áreas florestal, industrial e logística. Hoje, 83% dos contratados são de Ribas e região”, complementa o diretor.
Além disso, diversas ações foram implementadas pela Suzano com potencial de gerar um impacto de longo prazo, deixando um legado para a região. Entre elas estão a ampliação do Hospital Municipal, com R$ 12 milhões investidos; a construção da Casa de Apoio ao Trabalhador, que já auxiliou mais de 15 mil pessoas na inserção no mercado; e a entrega de 50 moradias populares. Também foram feitos investimentos em educação, como o curso superior em Silvicultura com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), e a parceria com o Sesi/Senai para criar um centro integrado com capacidade para dois mil estudantes.
Para contribuir com a segurança pública, a Suzano construiu uma Delegacia da Polícia Civil, uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal e está construindo a nova sede da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar, com investimento de R$ 15 milhões.
Autossuficiente em eletricidade, a unidade utiliza biomassa de licor preto e cascas de eucalipto para gerar vapor, movimentar turbinas e produzir energia. Com potência instalada de 466 MW médios, exporta cerca de 180 MW para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A tecnologia de gaseificação da biomassa, empregada nos fornos de cal, substitui combustíveis fósseis e torna a operação praticamente livre de emissões fósseis em regime normal.
Outro destaque na frente ambiental é o manejo florestal, que segue um modelo baseado em plantações 100% renováveis de eucalipto, integradas à conservação da biodiversidade. No Mato Grosso do Sul, a Suzano mantém 1,136 milhão de hectares de áreas florestais, dos quais 327 mil são destinados exclusivamente à preservação. Inteligência artificial, big data e zoneamento ambiental produtivo orientam o manejo sustentável, enquanto programas como Sementes do Mutum e Semeando Cerrado fomentam a coleta e a comercialização de sementes nativas para restauração ecológica.
Para a Suzano, a unidade não é apenas um polo industrial de alta eficiência, mas um exemplo de transformação socioeconômica e ambiental. Miranda ressalta que a companhia assumiu o compromisso de retirar 200 mil pessoas da linha de pobreza em suas áreas de atuação até 2030, e os investimentos na região estão alinhados a esse objetivo. “Nosso compromisso com Ribas do Rio Pardo é de longo prazo. A unidade continuará sendo um vetor de prosperidade para toda a região”, completa Miranda.