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Fábrica da Jeep, em Goiana, na Região Metropolitana do Recife
Inês Campelo/Jeep/Divulgação
A Leapmotor anunciou nesta quinta-feira (20), durante o Salão do Automóvel 2025, que passará a produzir seus modelos elétricos e híbridos na antiga fábrica da Jeep, em Goiana (PE). Ainda não há definição sobre quais serão os primeiros veículos montados ali, nem detalhes sobre o processo de produção.
Concorrentes que já iniciaram a produção nacional, como a BYD em Camaçari (BA) e a GWM em Iracemápolis (SP), começaram a operação com kits que chegam quase prontos do exterior. Os veículos são apenas montados no Brasil e, depois, entregues aos clientes.
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Em ambos os casos, o objetivo é reduzir gradualmente esse tipo de montagem, aumentando a nacionalização dos componentes ao longo do tempo. Dessa forma, a linha de produção diminui o tempo de espera pela chegada de peças e melhora o pós-venda, oferecendo prazos menores para quem depende desses itens para reposição — como oficinas e concessionárias.
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C16 é o maior e mais completo carro da Leapmotor
Além disso, a marca apresentou um SUV de luxo com seis lugares que se distancia do perfil mais acessível dos outros modelos da marca vendidos no país: o Leapmotor C16.
O C16 pode vir equipado com um sistema totalmente elétrico que entrega 299 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. O conjunto de baterias de 81,9 kWh oferece mais de 600 km de autonomia no ciclo chinês, ainda sem equivalência segundo os parâmetros do Inmetro.
Além da versão elétrica, o C16 também é oferecido no exterior em configuração híbrida, que utiliza um motor 1.5 aspirado apenas como gerador de energia, com promessa de até 1.000 km de autonomia — exatamente como no Leapmotor C10, que já é vendido no Brasil.
Leapmotor C16
Divulgação/Leapmotor
Mesmo com mais lugares, o modelo preserva várias semelhanças com o C10. Entre elas, a assinatura de iluminação frontal em LED que une as extremidades do veículo por meio de uma barra luminosa.
Outra semelhança aparece na carroceria, que quase não tem ângulos retos, e nas caixas de roda, que dispensam peças plásticas aparentes.
A central multimídia aproveita o espaço e segue a tendência de modelos como Volkswagen Tera e Jeep Avenger ao incorporar inteligência artificial embarcada. Diferentemente dos rivais, a IA é da Deepseek, mas o objetivo é o mesmo: aprimorar a capacidade do carro de compreender comandos de voz menos diretos.
A central multimídia flutuante segue a tendência dos carros chineses, que apostam em telas grandes. O mesmo minimalismo se repete no C16, que elimina até os controles físicos dos retrovisores e transfere os ajustes para comandos virtuais.
Esses comandos substituem parte das funções dos botões físicos do volante e, como há poucos controles táteis, o interior adota um visual ainda mais minimalista — lembrando bastante a proposta da Tesla.
Tela central do Leapmotor C16
divulgação/Leapmotor
Para todos os ocupantes, o C16 oferece um sistema com 21 alto-falantes com suporte a Dolby Atmos, tela central de 15,6 polegadas voltada ao entretenimento e um compartimento de 8 litros que pode resfriar ou aquecer o que for colocado ali.
Por fim, um sistema embarcado no C16 memoriza as vagas de estacionamento mais usadas pelo motorista. Com esse recurso, o veículo pode entrar e sair do local de forma autônoma.
Mesmo com presença confirmada no Salão do Automóvel, a Leapmotor ainda não anunciou o lançamento do C16 no Brasil. Segundo a marca, a exibição do modelo serve para medir o interesse do público em um veículo que, dentro do portfólio atual, seria o mais caro, espaçoso e completo da companhia no país.
Leapmotor tem ajuda da dona da Fiat
A chinesa Leapmotor chegou ao Brasil. Com o apoio da Stellantis — dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citröen e Ram — a empresa deu início às suas operações no mercado nacional no começo de e conta com uma linha inicial de SUVs totalmente eletrificados.
Fundada em 2015 na cidade de Hangzhou, na China, a Leapmotor é uma fabricante de veículos eletrificados. Em 2023, a Stellantis se tornou acionista da empresa e, no ano seguinte, as duas companhias formaram uma joint venture global — chamada Leapmotor International BV — com o objetivo de expandir a marca para além do mercado chinês.
“Temos uma estratégia de longo prazo para o país, sempre com produtos voltados aos consumidores locais”, afirmou Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul.
O Brasil é o primeiro país fora da China para o qual a empresa vai comercializar oficialmente seus veículos. A operação inicia com 36 concessionárias do grupo Stellantis, distribuídas em 29 cidades.
Salão do Automóvel 2025
Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo volta ao Anhembi, na zona norte da capital, para a sua 31ª edição. A mostra estará aberta ao público entre 21 e 30 de novembro e deve receber mais de 700 mil visitantes, segundo a organizadora RX.
A abertura oficial do evento acontecerá em 21 de novembro, às 19h, com o evento Avant Première, voltado a um público restrito. Para essa data, o ingresso custa R$ 1.000 e dá acesso antecipado às atrações e apresentações musicais.
Depois, o Salão funcionará das 12h às 21h nos dias 22 e de 24 a 28 de novembro, e das 10h às 21h nos dias 23, 29 e 30. A entrada será permitida até uma hora antes do fechamento.
O Distrito Anhembi fica na Avenida Olavo Fontoura, 1.209, em Santana, na zona norte de São Paulo.
A grande novidade é a Drive Experience, pista montada especialmente para o evento, ocupará 14 mil m² e contará com veículos das marcas BYD, Caoa Chery, Citroën, Fiat, GAC, Geely, GWM, Honda, Jeep, Leapmotor, Peugeot, Ram e Renault.
O circuito terá uma reta de 160 metros e permitirá testar modelos a combustão, híbridos, elétricos e 4×4, com exercícios de slalom (prova de habilidade na qual o carro passa por um circuito de cones em zigue-zague) e frenagem.
Segundo a RX, cerca de 40 modelos estarão disponíveis para os testes, e até mil visitantes poderão participar por dia, em voltas de até 10 minutos.
Veja todos os detalhes na reportagem abaixo.
Salão do Automóvel 2025: tudo o que você precisa saber sobre o evento