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O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga esquemas de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado Alfredo Gaspar (União-AL), criticou, nesta quarta-feira (28), o sigilo de 100 anos imposto pelo Senado à lista de parlamentares que receberam o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e também o parecer da advocacia do Senado negando o acesso do colegiado aos documentos.
“Eu acho que esse é um anseio muito maior da própria sociedade brasileira. Não tem problema nenhum qualquer cidadão brasileiro fazer uma visita a um gabinete de um parlamentar. O problema é se esconder que parlamentar e qual o assunto foi tratado. Os nossos gabinetes na Câmara e no Senado estão abertos ao povo. Ninguém está livre de receber a visita de um criminoso ou de um vigarista. O que nós não podemos é permitir que isso permaneça em sigilo”, declarou.
Um pedido de quebra dos sigilos das entradas dele no Congresso estava previsto na pauta, mas não foi colocado em votação por falta de acordo.
Nesta quarta-feira, a CPMI aprovou requerimentos para a entrega de relatórios sobre a entrada do lobista nos prédios do Ministério da Previdência e na sede do INSS entre janeiro de 2019 e julho de 2025. Antunes, um dos convocados para prestar esclarecimentos à CPMI, é apontado pela PF como o representante de empresas dentro do INSS de forma a cooptar funcionários para liberar descontos em massa.