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2 meses agoon
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REDACAO
Por Mauro Falcão
O que deveria ser uma contradição gritante se torna uma norma silenciosa. Enquanto países em desenvolvimento são advertidos e punidos por qualquer tentativa de afrouxar suas políticas fiscais, os EUA seguem imprimindo moeda sem abalar sua autoridade ou credibilidade. A “austeridade” é vendida como única via possível. As nações desenvolvidas costumam impor aos outros restrições que elas mesmas nunca seguiram em seus momentos de ascensão.
Mas o sistema tem seus limites. Aqueles que ousam questionar essa estrutura são, historicamente, marginalizados ou politicamente cancelados. Seja por vias diplomáticas, econômicas ou até mesmo militares, o recado é claro: não desafie a ordem do dólar.
Não se trata apenas de economia. É um jogo de poder, de narrativa, de hegemonia. Um império não se sustenta apenas com armas — sustenta-se com símbolos. E o dólar é o mais poderoso deles.
A filosofia nos convida a olhar além da superfície, a desconfiar do que é apresentado como óbvio. Nesse contexto, o “controle da inflação” ensinado aos demais parece menos uma preocupação econômica e mais uma ferramenta de dominação geopolítica. O que nos vendem como equilíbrio fiscal pode, na verdade, ser uma camisa de força ideológica que impede o crescimento de nações soberanas.
Compreender essa engrenagem é o primeiro passo para imaginar um novo modelo. Um modelo que não se baseie no medo de imprimir moeda, mas na coragem de imprimir futuro. Talvez seja hora de revisitar a pergunta fundamental: se a impressão de moeda pode financiar guerras, bancos e corporações, por que não pode financiar educação, saúde e infraestrutura?
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