Marluce Caldas e Carlos Brandão tomam posse como ministros do STJ | Política

Eles ocuparão as vagas de Laurita Vaz e Assusete Magalhães, que estavam abertas desde 15 de outubro de 2024 após aposentadorias das duas. A demora se deu porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou mais de sete meses para escolher os novos ministros.

Lula deixou sua equipe em sobreaviso caso fosse comparecer à solenidade, mas acabou não indo. Participaram o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Nunes Marques e Luiz Fux, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), também compareceram.

Marluce irá ocupar a 5ª Turma do STJ, e Brandão, a 6ª. Ambas julgam só temas criminais. Marluce assumirá a relatoria dos casos da Lava-Jato que seguem na Corte. O posto vinha sendo temporariamente ocupado pelo desembargador convocado Carlos Cini Marchionatti, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Marluce integrava o Ministério Público de Alagoas desde 1986. Fez sua carreira na área criminal e de direitos humanos e participou das discussões que levaram à aprovação da Lei Seca. Ela é tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC.

O prefeito de Maceió é apontado como possível candidato ao governo de Alagoas. Ele se aproximou recentemente de Lula e chegou a costurar eventual mudança de partido para uma sigla mais próxima ao Planalto, em contrapartida à indicação da tia ao STJ. JHC tem dado sinais trocados sobre o que fará na eleição de 2026 e em qual partido vai estar.

A candidatura de Marluce teve apoio do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que compareceu à posse no STJ nesta quinta.