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A desenvolvedora e administradora de condomínios logísticos Log Commercial Properties registrou no terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 111,4 milhões, crescimento de 14,7% na comparação com igual período de 2024. Os R$ 218,5 milhões registrados na conta de variação do valor justo de propriedades para investimento ajudaram o resultado. O montante se refere ao valor gerado nas obras em andamento e o retorno que elas estão dando.
A receita líquida atingiu R$ 66,7 milhões, crescimento de 18% na comparação anual, com margem bruta de 97,3%.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 192,8 milhões, crescimento de 41,6% em um ano.
A Log CP entregou 45,4 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) de julho a setembro no empreendimento Log Goiânia III. No total, a empresa tem 954 mil metros quadrados de ABL, um recuo de 5,3% sobre o terceiro trimestre de 2024.
A vacância total da empresa ficou em 1,97%, ante uma média nacional de 7% para os galpões. A vacância estabilizada, que considera os últimos 12 meses, foi de 0,81%, contra 0,44% de setembro de 2024.
O tíquete médio da locação da Log CP subiu 10,3% em um ano, para R$ 22,43 por metro quadrado. Rafael Saliba, CFO da empresa, diz que o terceiro trimestre apresentou resultados que mostram um mercado aquecido. Ele diz que um dos motores do desempenho foi a companhia ter avançado em seu modelo de negócio, identificando novas áreas para construção.
“Temos conseguido puxar preços, dado a localização ‘premium’ e a qualidade de nossos ativos, com um nível de vacância muito baixo. Esse é também um segundo pilar dos resultados do trimestre”, afirma.
A área sob gestão da Log CP, tanto própria quanto de terceiros, alcançou 2,6 milhões de metros quadrados no terceiro trimestre, alta de 50,4% na comparação anual, e gerou R$ 6,1 milhões de receita, alta de 62%.
Saliba destaca que foi o primeiro trimestre em que áreas de terceiros sob gestão somaram área expressiva, com 464 mil metros quadrados. “A companhia origina ativos, faz a reciclagem e consegue reter a administração desses ativos”, explica.
O executivo diz que, no terceiro trimestre, 33% de uma área de cerca de 200 mil metros quadrados com alugueis defasados foi renegociada, representando um potencial de aumento de tíquete médio nominal de 46% para esses clientes.
“Isso nem se refletiu neste trimestre ainda e tende a aparecer no decorrer dos próximos trimestres, à medida que os contratos dessas renegociações forem fechando”, diz Saliba.
A dívida líquida da Log CP cresceu 29% em um ano, para R$ 1,44 bilhão. A dívida líquida ajustada subiu 79%, para R$ 791,4 milhões. Já a dívida líquida ajustada sobre o Ebitda ficou em 1,3 vez, ante 1,1 vez há um ano. O indicador de dívida líquida sobre o patrimônio líquido subiu 7,5 pontos percentuais, para 37,5%.
Considerando a venda da LOG São José dos Pinhais II em junho e da LOG Hortolândia em julho, a desenvolvedora acumulava R$ 424,6 milhões em venda de ativos. Para o quarto trimestre, a desenvolvedora fez anúncio subsequente, nesta quarta-feira (29), da venda dos empreendimentos LOG Natal, LOG Jundiaí e LOG Ribeirão Preto, pelo valor de R$ 364 milhões. Com isso, as vendas de ativos no ano, agora, totalizam R$ 790 milhões.
“[Foram vendas] com uma margem [bruta] bem próxima de 30%, que, em um cenário de juros alto, muito mais desafiador. […] Estamos conseguindo mostrar resiliência do modelo de negócio e a venda, mesmo nesse cenário, com margens atrativas para os acionistas”, afirma Saliba.
Com essas vendas e estratégia de reciclagem de ativos, a Log espera lançar novas áreas, como galpões, que somam 207 mil metros quadrados no acumulado do ano. “Estamos retomando forte os lançamentos de áreas e o reconhecimento de valor dessas áreas, em função da venda dos ativos que estamos anunciando agora também, o que permite a entrada de recursos na companhia para financiar esses novos projetos”, disse o executivo.
De janeiro a setembro, a Log CP somou um lucro líquido de R$ 284,8 milhões, alta de 16,6%, e receita líquida de R$ 183,5 milhões, crescimento de 12%.
O Ebitda no período subiu 29,3%, para R$ 453,9 milhões.
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