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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira exonerar, temporariamente, três dos seus ministros com mandato na Câmara dos Deputados. O objetivo do Palácio do Planalto é reforçar a base aliada na votação da medida provisória (MP) alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O motivo é que o governo corre o risco de ver a MP ser derrotada por uma articulação de partidos do Centrão, como União Brasil e PP.
A exoneração foi publicada nesta tarde em edição extra do Diário Oficial da União. Como parte desse movimento, foram desligados do cargo os titulares de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), Esporte, André Fufuca (PP-MA), e Turismo, Celso Sabino (União-PA). Após a votação, os três retornarão aos seus cargos.
A decisão do governo federal por esse encaminhamento se deu após o PP e União Brasil, partidos de Fufuca e Sabino, respectivamente, terem fechado questão nesta tarde contra a mesma MP. Com isso, as legendas se juntaram ao PL, que também anunciou posição contrária.
Segundo o PP, após reunião realizada nesta quarta-feira, as bancadas da legenda na Câmara e no Senado deliberaram por fechar questão contra a MP 1303. “A decisão reafirma o compromisso do nosso partido com o povo brasileiro de impedir qualquer novo aumento de carga tributária no país”, afirmou o partido.
Paralelamente, o União Brasil também se reuniu hoje e decidiu, com apenas um voto contrário, fechar questão. O líder do partido, deputado Pedro Lucas (União-MA), disse que decisão foi por ampla maioria na bancada e seguiu as diretrizes do presidente do partido, Antônio Rueda.
“A grande maioria de deputados aprovou o fechamento de acordo com a proposta feita de acordo com a Executiva nacional do partido”, disse Pedro Lucas. Ele afirmou ainda que o regimento interno do União Brasil deixa bem claro que há possibilidade de advertências e “outras punições” a quem desrespeitar a decisão do partido.
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