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O líder venezuelano Edmundo González Urrutia fez um apelo nesta terça-feira (10) à comunidade internacional para que redobre seus esforços para restituir a democracia na Venezuela, e garantiu que a luta pelo reconhecimento da vitória da oposição no país sul-americano “continuará até o fim”.
A mensagem de González foi lida por sua filha, Carolina, durante a manifestação de opositores venezuelanos que ocorreu nesta terça-feira em frente à sede do Congresso espanhol, onde está sendo debatida uma proposta dos partidos de direita para reconhecer o ex-candidato presidencial como presidente eleito da Venezuela.
González, que chegou domingo a Madri para pedir asilo político na Espanha, destacou em sua mensagem o “compromisso inquebrantável” que assumiu nas eleições de 28 de julho e insistiu que sua luta, juntamente com a líder opositora Maria Corina Machado, “continuará até o fim”.
“Agradeço ao governo da Espanha por me dar apoio”, acrescentou a mensagem, na qual convoca “a comunidade internacional a redobrar esforços em prol da restituição da democracia e da liberdade na Venezuela”.
“A vontade do povo tem de ser respeitada e faremos com que seja respeitada”, insistiu. “Não desanimem, não vou decepcioná-los.”
Centenas de opositores venezuelanos reuniram-se hoje em frente ao Congresso espanhol, onde estava sendo debatida uma proposta instando o Executivo socialista de Pedro Sánchez a reconhecer González Urrutia como o vencedor das eleições venezuelanas.
Embora a proposta não legislativa que está sendo debatida – e que se espera que seja aprovada – não tenha qualquer transcendência jurídica, tem significado para efeitos de reconhecimento parlamentar, uma vez que obriga o Congresso a tomar uma posição e neste caso se trata de uma questão fundamental no debate político atual.
A manifestação realizada hoje também pediu o fim da repressão do ditador Nicolás Maduro aos protestos, a libertação dos presos políticos e que sejam feitas contribuições para a segurança pessoal de Machado e González, ao mesmo tempo em que solicita que o Executivo espanhol lidere o reconhecimento do opositor nas instituições europeias, com o objetivo de que tome posse como presidente da Venezuela em 10 de janeiro de 2025.