Familiares de vítimas de operação no Rio querem perícias independentes nos corpos, diz ministra | Brasil

“O Conselho Nacional dos Direitos Humanos nos comunicou sobre isso e estamos trabalhando para que se efetive”, disse Evaristo, em entrevista na sede da Central Única das Favelas (Cufa) da Penha, zona norte do Rio.

A ministra, que considerou a operação um “fracasso”, cobrou uma atuação da polícia mais voltada para o uso da inteligência, de forma a encontrar ferramentas para asfixiar as finanças dos grupos criminosos. “Se queremos combater o crime organizado, temos que começar de cima. Temos que começar asfixiando, pegando onde está o dinheiro, pois se tem crime organizado, tem setores lucrando com ele”, disse.

Evaristo também falou que PEC da Segurança Pública “precisa andar” no Congresso e não pode ficar estagnada.

Evaristo concedeu entrevista juntamente com a titular da Pasta da Igualdade Racial, Anielle Franco. As ministras afirmaram que será instalada uma comissão para articular diferentes ministérios e atender às demandas das comunidades afetadas pela operação.

Evaristo citou ainda números da atuação da Polícia Federal (PF) neste ano no Estado do Rio de Janeiro. Segundo ela, foram mais de 100 operações e 24 delas foram relacionadas ao tráfico de drogas e armas.

No total foram efetuadas 210 prisões, 60 das quais relacionadas ao tráfico de drogas e de armas, com apreensão de 10 toneladas de drogas e 190 armas de fogo, incluindo 17 fuzis.

“Sem nenhuma morte. É possível ter operações com efetividade de resultado no combate ao tráfico sem morte”, disse a ministra.