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O ataque hacker que afetou a FictorPay na realidade foi direcionado à empresa de software Diletta Solutions, segundo o Valou apurou. Com isso, outras fintechs que são clientes desta provedora também foram afetadas e os valores envolvidos somam quase R$ 40 milhões.
Segundo fontes com conhecimento do assunto, o “modus operandi dos criminosos foi” muito parecido com o que aconteceu no ataque contra a C&M Software – o maior da história do Sistema Financeiro Nacional (SFN), ocorrido em julho – , corrompendo, mediante coação ou suborno, um funcionário da Diletta que acabou entregando suas senhas.
Procurada, a Diletta confirmou em nota que foi vítima de um ataque cibernético. Segundo a empresa, assim que o incidente foi identificado, tomou todas as diligências necessárias para tratar da situação com a máxima seriedade e responsabilidade.
“A Diletta está colaborando com as autoridades policiais para auxiliar na investigação do ocorrido e na identificação do seu autor. A segurança dos nossos clientes é prioridade e estamos comprometidos em resolver essa situação da melhor forma possível. Até este momento, não foi identificado o envolvimento de dados pessoais no incidente”, diz a Diletta em nota.
A Diletta tem sede em Campinas (SP) e foi fundada pelo cientista da computação israelense Michel Cusnir em 2016.
A FictorPay já tinha dito anteriormente que que foi comunicada sobre uma atividade irregular em ambiente tecnológico de um prestador de serviços que atende diversas companhias. Segundo a fintech, a ocorrência estava sendo apurada pela própria prestadora, com o apoio de especialistas em segurança da informação, e até o momento não há registro de qualquer impacto nos sistemas próprios da FictorPay.
“A companhia compreende a gravidade do ocorrido e reafirma o seu compromisso com a segurança e a integridade dos dados de seus clientes e parceiros. As medidas necessárias já estão sendo adotadas, e a empresa segue colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos.”