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A Âmbar Energia, do grupo J&F, arrematou nesta quinta-feira (5) o lote de três usinas hidrelétricas e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em leilão realizado pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
A disputa resultou em um lance de R$ 52 milhões, representando um ágio de 78,79% sobre o valor inicial de R$ 29,085 milhões para a transferência dos ativos estabelecido no edital.
O pacote inclui as usinas Martins, em Uberlândia, Sinceridade, em Manhuaçu, e Marmelos, em Juiz de Fora, além da PCH Machado Mineiro, em Águas Vermelhas. Juntas elas possuem capacidade total de geração de 14,8 megawatts.
Com o leilão da Cemig, a Âmbar passa a ter 43 unidades com 4,1 gigawatts de capacidade de geração de energia. Segundo maior gerador privado de energia a gás natural do país no que se refere à capacidade instalada, a empresa tem operações hidrelétricas, solares, de biomassa, carvão mineral e biogás.
“Continuamos a investir na expansão do nosso portfólio de ativos, alinhando nossas ações à estratégia de diversificação crescente das fontes de geração de energia. Esse movimento tem como objetivo fortalecer a segurança energética do Brasil e também desempenhar um papel significativo na transição para uma matriz energética mais sustentável”, diz Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia.
A transferência de ativos faz parte de uma estratégia da Cemig para otimizar o portfólio e direcionar recursos à áreas prioritárias, como distribuição, transmissão e geração centralizada de alta capacidade. No início do ano, a empresa já havia concluído a alienação de 15 PCHs.
Reynaldo Passanezi Filho, presidente da Cemig, destacou a relevância do montante arrecadado, que será destinado ao “maior programa de investimento da história da Cemig”. A empresa prevê R$ 49 bilhões em aportes entre 2019 e 2028.
“Esses recursos nos permitem cumprir o compromisso de ser a indutora do investimento de Minas Gerais. Este ano, estamos batendo o recorde na entrega de subestações”, diz o presidente da Cemig.
Até o final do ano, serão mais de 30 subestações entregues e mil quilômetros de linhas de distribuição de 138 kV construídas. A companhia planeja a implantação de 200 novas subestações até 2027, o que deve aumentar em 50% a capacidade de transformação do sistema elétrico mineiro.