Alimentos têm deflação acumulada de 1,17% em quatro meses, após nove meses seguidos de elevação | Brasil

O recuo de 1,17% nesses quatro meses, no entanto, ocorre após nove meses consecutivos de aumentos – entre setembro de 2024 e maio de 2025 –, com alta acumulada de 8,40%.

• Puxada por energia, habitação tem inflação de 2,97%, maior para um mês de setembro em 30 anos

Para o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, a queda dos preços de alimentos e bebidas nos últimos meses reflete aumento na oferta. “A oferta de alimentos in natura está maior, então traz essa pressão para uma variação negativa.”

Em setembro, o recuo do preço foi influenciado pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41% após a redução de 0,83% de agosto. Os destaques foram tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%).

A alimentação fora do domicílio registrou desaceleração na passagem de agosto (0,50%) para setembro (0,11%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,83% para 0,53%, e a refeição foi de 0,35% para -0,16%.

Perguntado sobre a queda menor de alimentação e bebidas em setembro (-0,26%) ante agosto (-0,46%), Fernando Gonçalves afirmou que a oferta de alimentos está maior, mas talvez a “dinâmica de oferta não esteja tão ampla quanto anteriormente”.

“De toda forma, o preço de alimentação e bebidas continua com variações negativas”, disse Gonçalves.