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1 mês agoon
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As ações da Ambipar fecharam em queda de 61,48% nesta quinta-feira (2), cotadas a R$ 2,75, a mínima histórica nominal, enquanto o Ibovespa caiu 1,08%, a 143.949 pontos. O papel acumula queda de 78,85% no ano e recuo de 67,76% no mês.
As negociações movimentam R$ 64,7 milhões, mais do que o giro completo de quarta-feira (1º), de R$ 35,7 milhões.
Segundo apurou o Pipeline, site de negócios do Valor, um fundo de recebíveis, em que a empresa diz estar parte de seu caixa, teve perdas na rentabilidade de suas cotas, aumentou provisões contra calotes, aprovou a captação de R$ 1,2 bilhão e mudou de nome duas vezes.
Em assembleia de cotistas realizada em 23 de setembro, o Fênix Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados teve sua denominação alterada para América do Norte Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados. No dia seguinte, o fundo voltou a ser chamado de Fênix, segundo os documento disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O fundo é um dos pontos de alerta da crise da Ambipar, que começou a chamar atenção após as demonstrações financeiras do segundo trimestre.
Em balanços anteriores, a companhia apontava aplicação de longo prazo em fundo de investimento em participações (FIP), mas, no terceiro trimestre, adicionou uma linha de aplicações financeiras de R$ 2,07 bilhões, identificada no rodapé como “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios com liquidez entre 30 a 60 dias”.
Na semana passada, a Ambipar entrou com um pedido de cautelar contra cobranças por parte de seus credores, manobra conhecida por anteceder uma recuperação judicial. Em seguida, a empresa contratou o banco de investimento BR Partners como assessor financeiro, como o Valor apurou.