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1 mês agoon
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Se o desempenho do Coritiba dentro de campo decepciona desde que o clube se tornou SAF, não é por causa de falta de investimento. O principal acionista individual do Coxa, o empresário Joel Malucelli, deu mais detalhes sobre os aportes da Treecorp Investimentos, dona de 90% das ações da SAF do Alviverde.
Segundo Malucelli, a empresa paulista já desembolsou R$ 225 milhões de reais no futebol coxa-branca. O valor, no entanto, inclui os pagamentos das contas da Recuperação Judicial.
“Não tenho conhecimento perfeito dos números, mas se aproxima muito disso. O Coritiba hoje já investiu R$ 225 milhões no futebol… Só que aí inclui o pagamento das contas da Recuperação Judicial”, conta, em entrevista ao podcast Carneiro & Mafuz, do UmDois Esportes.
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Em entrevista em agosto deste ano, o CEO alviverde, Gabriel Lima, revelou que SAF já tinha investido R$ 100 milhões no futebol. Em dez anos, a Treecorp assumiu o compromisso de investir 450 milhões apenas no futebol coxa-branca. O investimento total é de R$ 1,3 bilhão no mesmo período.
O empresário explicou que a SAF do Coritiba é composta por três Fundos de Investimento e Participações (FIP): “O FIP que eu participo já arrecadou mais de R$ 110 milhões. Tem um FIP exclusivo, particular, que arrecadou ao redor de R$ 60 milhões, com pessoas que não querem aparecer. E tem um terceiro FIP, próprio da Treecorp, que já tinha investido R$ 35 milhões”.
Malucelli criticou o desempenho do Coritiba na Segunda Divisão e chamou de “barbaridade” a provável permanência na Série B. Atualmente, o Coxa tem apenas 0,61% de chances de conseguir uma vaga na elite do futebol brasileiro, de acordo com as contas do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Para o acionista, faltam profissionais competentes no departamento de futebol para conduzir um projeto.
“Eles precisam ter um projeto simples, com pessoas competentes, que vistam a camisa do clube e que façam um projeto para um ou dois anos. O Coritiba não subir neste ano foi uma barbaridade, porque o nível era muito baixo, estava fácil subir. E você compara os investimentos com times que estão subindo, são muito abaixo”, apontou.
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Além disso, o empresário, que foi presidente do Coxa entre 1996 e 1997, afirmou que não há como ter um orçamento fixo para investimento no futebol de um clube durante uma temporada.
“Já tem um orçamento mínimo que a Treecorp tem que gastar no time, tanto na Série B, e até mesmo em uma Série C. O orçamento não pode ser definitivo. Tanto é que o Coritiba deve ter gastado muito mais do que imaginava, custa muito para dispensar, trocar técnicos. E orçamento nenhum prevê isso”, disse.
O acordo do clube com a SAF prevê o mínimo de R$ 120 milhões por temporada na elite, com uma possível redução de 58% na Série B.
A principal novidade do Coxa no início da próxima temporada deve ser o início das obras do novo Centro de Treinamentos, em Campina Grande do Sul. De acordo com Malucelli, a Treecorp está adiantando o projeto.
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“A Treecorp está cumprindo exatamente o contrato, que eu desconheço, nunca li. Mas sei de fonte segura que estão, inclusive, no caso do CT, antecipando o projeto. Que a Treecorp vai cumprir tudo, não tenha dúvida. O que precisa é o resultado dentro de campo”, afirmou.
O projeto ainda está em fase de obtenção de licenças no Instituto Água e Terra (IAT), e as obras estão previstas para serem iniciadas no primeiro trimeste de 2025.
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