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“No meu ambiente de trabalho alguns colegas agem de forma antiética, desorganizada e oportunista, frequentemente se apropriando do trabalho dos outros e buscando visibilidade por resultados que não lhes pertencem. Como posso preservar minha credibilidade e quais estratégias adotar para defender minha atuação e, ao mesmo tempo, expor essas condutas de maneira ética e inteligente, sobretudo quando a liderança parece não perceber o verdadeiro impacto desse tipo de comportamento?” CFO, 50 anos
Toda empresa tem seus bastidores, e, às vezes, eles lembram mais um jogo de sobrevivência do que um ambiente de trabalho. Tem quem queira aparecer a qualquer custo, quem se aproprie de ideias alheias e quem use a desorganização como tática para se destacar. Diante disso, surge o dilema: como manter a credibilidade sem entrar na mesma disputa?
A boa notícia é que dá pra se resguardar. O primeiro passo é dar visibilidade ao que você faz, de forma natural e sem parecer autopromoção. Registre entregas, compartilhe resultados com o time e formalize comunicações importantes por e-mail ou relatórios. Isso cria um histórico claro das suas contribuições e evita que outros “esqueçam” de te dar o crédito.
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Em paralelo, use a inteligência emocional como aliada. Em vez de confrontar diretamente comportamentos antiéticos, proponha mudanças que tragam mais transparência para o grupo: reuniões de acompanhamento mais objetivas, registros de tarefas ou novos rituais de feedback. Essas iniciativas ajudam a expor práticas duvidosas sem precisar apontar o dedo pra ninguém.
Se a liderança parece não enxergar o problema, traga o assunto com foco no impacto coletivo: produtividade, clima e confiança podem ficar abalados com esse tipo de conflito. Evite levar para o pessoal. O tom deve ser de melhoria para o time como um todo e não de denúncia.
No fim das contas, a melhor forma de preservar sua credibilidade é continuar jogando limpo, com coerência, serenidade e consistência. Em ambientes onde a ética é testada todos os dias, quem mantém a calma e entrega com verdade acaba vencendo o jogo.
Thomas Nader é especialista em HRBP, cultura organizacional, inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho, trabalho voluntário para comunidade LGBTQIA+ e processos seletivos inclusivos.
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Esta coluna se propõe a responder questões relativas à carreira e a situações vividas no mundo corporativo. Ela reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.