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O presidente da Usiminas, Marcelo Chara, disse que a empresa encerrou o terceiro trimestre com sinais de recuperação em suas principais frentes de negócio, apesar das pressões externas. Em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira (24), o executivo destacou aumento do volume da siderurgia, maiores preços e volumes da mineração e maior geração de caixa como pilares do desempenho recente. A companhia também reduziu sua alavancagem financeira.
Mesmo com resultados positivos, Chara repetiu a preocupação com o avanço das importações de aço, especialmente da China. Segundo ele, as importações cresceram 33% em relação ao mesmo período de 2024, em um contexto de excesso de capacidade global e práticas comerciais que classificou como “desleais”.
“Não estamos sentindo os efeitos das medidas cota-tarifa. Mas temos confiança técnica do MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] para tomar medidas contras as importações”, afirmou o executivo.
O presidente ressaltou que países como Estados Unidos, México e União Europeia já adotaram mecanismos de defesa comercial semelhantes e disse esperar que o Brasil siga o mesmo caminho para “corrigir distorções no mercado de aço”, além de restabelecer um cenário de isonomia competitiva.
Na frente operacional, a Usiminas registrou melhora no desempenho da siderurgia, com maior volume produzido e vendido, sustentado por uma leve recuperação da demanda doméstica e preços mais firmes. A mineração também teve um trimestre positivo, beneficiada pelos preços do minério de ferro.
Para o último trimestre do ano, porém, a expectativa é de volumes ligeiramente menores de vendas nesse segmento, reflexo de efeitos sazonais comuns no final do ano.
A Usiminas teve prejuízo de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 184,6 milhões de um ano atrás, impactada pela baixa contábil (“impairment”) de ativos no valor de R$ 2,2 bilhões, além de R$ 1,4 bilhão pela avaliação de recuperabilidade de impostos diferidos.