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3 semanas agoon
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Se ainda havia dúvidas sobre a relevância da pauta ESG para a imagem corporativa, elas estão sendo dissipadas. Pesquisa da Nexus, Reputação das Marcas: o que move o comportamento dos brasileiros, realizada com 2.006 pessoas em todo o país, mostra que 32% dos consumidores já deixaram de adquirir algum produto ou serviço por conta de seu impacto ambiental.
Embora as práticas relacionadas ao tema apareçam como o terceiro atributo que desperta admiração por uma marca (19%), o estudo revela que a falta dessas iniciativas lidera entre os fatores que mais prejudicam a imagem de uma empresa (26%).
“O que a pesquisa mostra claramente é que, embora o ESG não seja o principal motivo de identificação e apreço, ignorá-lo pode gerar desgaste reputacional. Ou seja, deixa de ser apenas um diferencial positivo e passa a ser um requisito básico”, explica Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.
Segundo ele, compreender que a reputação organizacional está diretamente ligada às questões ambientais, sociais e de governança tornou-se essencial. “É uma mudança sem volta. A sociedade vem alterando seu comportamento e valoriza cada vez mais as práticas relacionadas ao ESG. Isso aumenta a pressão sobre as instituições”, acrescenta Tokarski.
As companhias brasileiras demonstram um entendimento cada vez mais claro e acelerado sobre a importância da agenda ambiental, social e de governança — tanto por razões financeiras quanto pela preservação da imagem institucional.
O ESG consolidou-se como diferencial competitivo e como sinal de compromisso com conformidade e ética.
De acordo com Danilo Maeda, diretor-geral da Beon, houve avanço na incorporação dessa agenda, mas ainda há espaço para evolução. “Os principais desafios estão na definição de uma estratégia efetiva, alinhada aos impactos mais relevantes do negócio. Além disso, há uma agenda externa que tenta desacreditar o tema, disseminando informações falsas”, afirma.
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As redes sociais também se tornaram arenas decisivas quando se trata de identificação. A pesquisa da Nexus aponta que 40% dos consumidores deixaram de seguir perfis corporativos nas plataformas após notícias negativas ou denúncias, e 25% se deparam frequentemente com posts que incentivam boicotes.
“As redes são, ao mesmo tempo, oportunidade e ameaça. Permitem comunicação direta com o público, mas funcionam como um teto de vidro. As empresas precisam aprender a lidar com esse ambiente”, alerta Tokarski.
Apesar do risco de exposição e cancelamento, as redes também se consolidaram como principais canais de diálogo entre marcas e consumidores — especialmente considerando que nem todos têm acesso a relatórios de sustentabilidade. “As companhias precisam comunicar o que estão fazendo de forma verdadeira e consistente, para além dos relatórios”, reforça o CEO da Nexus.
Na medida em que a imagem ganha peso nas decisões de consumo, as organizações precisam compreender as novas regras do jogo para manter a relevância. Nesse contexto, a Beon atua apoiando a integração entre estratégia e comunicação. “Nosso papel é conectar a agenda de sustentabilidade à criação de valor do negócio, o que se reflete em uma comunicação mais eficiente, consistente e geradora de resultados positivos”, conclui Maeda.