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1 mês agoon
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O governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que 162 delegações já confirmaram presença na Cúpula Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2025, a COP30, que acontecerá em Belém em novembro. O número ultrapassa o quórum mínimo, de dois terços de 190 nações, para a realização do evento.
A confirmação dos países acontece mesmo com a gestão petista admitindo que há um cenário desafiador no contexto geopolítico internacional. Mesmo com tal dificuldade imposta, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, avalia que isso não significará que haverá um “apagão” da presença de governos negacionistas, tais como Estados Unidos e Argentina.
As declarações aconteceram nesta sexta-feira (10), em entrevista coletiva para tratar sobre a pré-COP, que acontecerá na semana que vem em Brasília. A agenda, que acontecerá nos dias 13 e 14, segundo a ministra, será para que haja um gerenciamento sobre quais pontos precisam ser reforçados até a cúpula e quais possíveis divergências devem ser dirimidas. “É um momento de discutir substância, negociação, compromisso e resultado”, exemplificou Marina Silva.
O impacto dos países negacionistas na cúpula foi tratado na coletiva também pelo presidente designado da COP30, embaixador André Aranha Corrêa do Lago. O embaixador citou que, mesmo os Estados Unidos terem anunciado a saída do Acordo de Paris há cerca de 11 meses, a decisão teve pouco efeito sobre outras nações, já que não houve novos pedidos de saída. “Isso tem um significado muito grande”, comentou.
Apesar disso, os integrantes do governo pontuaram que há aspectos que ainda precisam avançar, como a entrega das suas metas para redução dos gases de efeito estufa — as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). A expectativa é que, até o final do ano, 125 países apresentem as metas.
O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador Maurício Carvalho Lyrio, afirmou que, até o momento, há uma “ausência importante de apresentação de NDCs”, especialmente de países considerados chave para a redução de gases do efeito estufa. Neste sentido, ele cobrou que Índia e Estados Unidos ainda não apresentaram suas contribuições. “Esse é um quadro complicado”, disse.
O presidente designado da COP30 foi na mesma linha e reconheceu uma “frustração” em relação à apresentação das metas. Mesmo com a cobrança, Corrêa do Lago afirmou que a maioria dos países não está entregando as NDCs porque está preparando contribuições “sérias”. “O que é uma indicação muito boa de como funcionou conceito de NDCs”, citou.
A diretora-executiva da conferência, Ana Toni, afirmou que até agora foram apresentadas 72 NDCs oficialmente. Já, até a COP30, 101 países prometeram oficializar suas contribuições. Segundo ela, o presidente Lula tem ligado para alguns países solicitando um esforço para a apresentação das NDCs.
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