Published
2 meses agoon
By
Os riscos fiscais substituíram o cenário internacional como o risco mais citado pelas instituições financeiras para a estabilidade financeira do Brasil. A avaliação está na Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) referente ao terceiro trimestre de 2025, publicada pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (28).
Na pesquisa, as instituições informam quais os três riscos à estabilidade mais relevantes para os próximos três anos. No documento divulgado nesta quinta-feira, 38% das instituições citaram os riscos fiscais, definidos como “sustentabilidade da dívida pública e impactos da política fiscal na política monetária”, como um dos mais relevantes, contra 30% no trimestre anterior. Já o cenário internacional (incertezas quanto aos efeitos das medidas tarifárias dos EUA) foi citado por 30% nesta quinta-feira, contra 39% três meses atrás. Por sua vez, inadimplência e atividade (preocupação com a demanda externa e alto endividamento em um ambiente de taxas de juros elevadas) foram mencionados por 16%, contra 12% três meses atrás.
Na PEF, o BC ainda destaca que “riscos operacionais, principalmente os decorrentes de riscos cibernéticos advindos da crescente digitalização do sistema financeiro, seguem ganhando relevância”.
Outro destaque da pesquisa foi o “aumento da percepção de elevado grau de alavancagem das famílias e empresas, gerando uma baixa disposição” das instituições para tomar riscos. Além disso, a “percepção de nível baixo no preço de ativos em relação aos fundamentos da economia ainda é maioria”.
“Contudo, houve diminuição relevante do percentual de tais avaliações”, diz o BC.
Mesmo com as mudanças em relação ao trimestre anterior, o índice de confiança como um todo das instituições no Sistema Financeiro Nacional “segue elevado e estável em relação ao período anterior”.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/n/W/cWIbRQSXqXeWWZ2bnbpQ/437607304.jpg)