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O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, disse nesta quinta-feira (28) que os governos federal e do Pará estão fazendo esforços para viabilizar acomodações a preços menores em Belém, cidade que adiará a conferência em novembro, mas que a questão segue sendo um “problema”.
O Brasil chegou a sofrer pressão internacional para que a COP30 acontecesse em outra cidade e a ONU pediu em carta que quartos de hotel mais acessíveis fossem subsidiadas pelo governo brasileiro. No entanto, a Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu que o ideal seria que a própria ONU pudesse fazer esses incentivos.
“As respostas estão sendo dadas. Acho que ainda temos a questão dos preços, isso é indiscutível, mas o resto da infraestrutura de Belém, os investimentos, foram notáveis sempre pensando no legado”, afirmou Corrêa do Lago, durante o evento “Pré-COP30: Contribuição do setor da construção para a NDC brasileira”, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.
Quando questionado sobre a possibilidade de delegações de países serem reduzidas em função dos preços elevados de hotéis e imóveis praticados na capital paraense, ele respondeu que cada país deve decidir a respeito. Mas que vem sendo feito um trabalho para que os preços diminuam.
“Seria muito triste ter uma COP menor por conta de preço de hotel. Tem que diminuir o preço dos hotéis”, ponderou.
Durante sua fala a dirigentes e empresários do setor da construção civil, o presidente da COP30 também pediu que o público compareça à conferência, que será daqui a pouco mais de dois meses. “A verdade é que vai ser em Belém. Com Airbnb [plataforma online de locação de imóveis], essas coisas estão se resolvendo. Mas estejam em Belém, vai ser muito importante a presença de vocês.”
O diplomata brasileiro também comentou que após encontro no México, com representantes de países da América Latina e Caribe na semana passada, percebeu que a grande maioria dos países tem sinalizado que vai entregar suas metas para redução dos gases de efeito estufa – as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
Segundo ele, é importante que isso seja feito a tempo de as NDCs serem incluídas no relatório síntese da ONU Clima, mais conhecida como UNFCCC, em outubro, antes da conferência. “Sentimos que os países estão comprometidos em apresentar [suas NDCs].”
Na semana passada, em uma carta à comunidade internacional, Corrêa do Lago cobrou os países pelo atraso nessas entregas. Até aquele momento, cerca de 75% dos países ainda não haviam entregue suas contribuições.
Por fim, o presidente da COP30 também informou que, até o fim de outubro, deverá apresentar o mapa conjunto entre Belém e Bakhu (sede da COP29, no Azerbaijão) ampliando a meta de compromisso global para um financiamento da ordem de US$ 1,3 trilhão necessário para combater as mudanças climáticas até 2035.
Ele informou que o documento está sendo elaborado por ele e pelo presidente da COP29, Mukhtar Babayev, a partir de contribuições de países, instituições, bancos de desenvolvimento, economistas e ministérios da Fazenda. E que o mapa será apresentado após o evento de “pré-COP”, que será em Brasília, também em outubro.
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