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O índice de intenção de investimento da indústria da construção caiu pela terceira vez consecutiva e chegou ao seu menor patamar em 28 meses em agosto, segundo a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta segunda-feira (25). Em agosto, o indicador caiu 0,4 ponto, chegando a 40 pontos, nível que não era registrado desde abril de 2023.
“A queda na intenção de investimento dos empresários da construção reflete principalmente as elevadas taxas de juros, que, entre outras coisas, continuam pressionando o ambiente de crédito, tão fundamental para o desempenho do setor”, avaliou a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.
Segundo a CNI, embora tenham apontado desempenho positivo da indústria da construção em julho, os empresários estão menos otimistas com o futuro do setor. Os índices de expectativa de número de empregados, de novos empreendimentos e serviços e de nível de atividade recuaram em agosto.
O índice de expectativa de nível de atividade diminuiu 1,7 ponto, para 51,4 pontos, enquanto o de expectativa de número de empregados caiu 2,1 pontos, para 50,8 pontos. Ao se aproximarem da linha divisória de 50 pontos, os indicadores revelam expectativas de crescimento mais moderado para os próximos meses.
Já o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços encolheu 0,4 ponto, atingindo 50,1 pontos. Por estar muito próximo à linha divisória, revela previsão de estabilidade para os próximos meses.
O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas recuou 2,4 pontos, para 49,8 pontos, abaixo, portanto, da linha divisória de 50 pontos, demonstrando perspectiva de queda na aquisição desses itens pelo setor nos próximos meses.
O levantamento mostra que a falta de confiança dos empresários da construção se agravou entre julho e agosto. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do setor caiu 1,3 ponto, para 45,8 pontos. O resultado reflete expectativas mais negativas dos empresários para a economia brasileira e menos positivas para os próprios negócios nos próximos meses.
Em julho, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) e os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados da indústria da construção cresceram. O primeiro subiu 2 pontos percentuais (p.p.) entre junho e julho, chegando a 68%. Já o índice de evolução do nível de atividade do setor aumentou 0,7 ponto, para 49,5 pontos e o índice de evolução do número de empregados avançou 1,8 ponto, para 50,1 pontos, revelando que a quantidade de postos de trabalho da indústria da construção aumentou em relação a junho.
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 318 empresas, sendo 122 pequenas, 131 médias e 65 grandes, entre 1º e 12 de agosto de 2025.
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