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A Venezuela anunciou nesta segunda-feira (25) o envio de mais de 15 mil soldados para reforçar as operações militares e policiais antidrogas em duas regiões fronteiriças com a Colômbia, em um momento de tensão crescente entre os Estados Unidos e o governo de Nicolás Maduro.
O ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse que Maduro busca fortalecer a presença das forças de segurança que já operam nos Estados fronteiriços de Táchira e Zulia. O número de aeronaves, drones e barcos para patrulhar os rios fronteiriços também será aumentado.
Cabello comentou que, embora o governo colombiano “tenha colaborado”, a Venezuela está pedindo às autoridades colombianas “que façam o mesmo para impedir que gangues criminosas se movam de um lado para o outro da fronteira”.
Venezuela e Colômbia compartilham uma fronteira de 2.200 quilômetros ao longo da qual operam vários grupos criminosos.
Cabello rejeitou a ligação de Washington do governo venezuelano ao narcotráfico e comentou que relatórios de organizações como as Nações Unidas mostram que apenas 5% das drogas produzidas na Colômbia “tentam” sair pelo Caribe venezuelano.
“Digo ‘tentar’ porque tentar sair é uma coisa, e sair é outra. Este ano, antes do final de agosto, já apreendemos 52.769 quilos de drogas”, comentou o ministro. Isso representa “quase metade do que teoricamente deveria sair por aqui”, segundo dados da ONU, afirmou.
Os comentários de Cabello ocorrem em meio à expectativa de avanço de três navios de guerra americanos em direção às águas caribenhas da Venezuela, que, segundo o governo Trump, busca combater ameaças representadas por cartéis de drogas latino-americanos. A data de chegada deles perto da costa venezuelana é desconhecida e, embora fontes americanas tenham indicado que pode levar meses, a expectativa nos Estados Unidos é de que cheguem nos próximos dias.
Apontando para o Oceano Pacífico em um mapa, Cabello afirmou que “se 87% das drogas saem por aqui, por que os Estados Unidos não enviam sua frota para cá?”
No início de agosto, Washington dobrou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões, indiciando-o formalmente por narcoterrorismo, o que aumentou a tensão entre os dois países. Maduro afirma que as acusações são infundadas e visam desestabilizar seu governo.
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