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O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, condenou o baixo volume de recursos que chegam para a indústria para financiar projetos verdes, a despeito da responsabilidade do setor na redução das emissões de carbono.
“Como a indústria, que tem compromisso e responsabilidade sobre 30% das emissões de carbono, recebe apenas 1,4% dos recursos aplicados em sustentabilidade? Essa conta não vai fechar”, questionou ele, ao participar da abertura do evento “COP30: Rota de Baku a Belém”, promovido pelo Banco Inter-americano de Desenvolvimento (BID) e pela CNI.
Alban afirmou que há disponibilidade de recursos para projetos sustentáveis, mas existem dicotomias sobre o custo desses financiamentos no mundo, que devem ser debatidas.
Neste contexto, a CNI lançou o Sustainable Business COP (SB COP), iniciativa inspirada no Business 20 (B20), grupo de engajamento dos empresários do G20. O SB COP reúne cerca de 40 milhões de empresas no mundo.
De acordo com o diretor-executivo da SB COP, Ricardo Mussa, a atuação do B20 na liderança brasileira foi exemplo de sucesso: 72% das recomendações apontadas pelo documento acordado no grupo foram contempladas no relatório final do G20.
Diante das dificuldades das conversas com um número maior de países, a estratégia é também apresentar um conjunto de projetos sustentáveis que já estão em ação, com retorno financeiro, e podem ser escalados para outros países.
“Em uma COP com 197 países, é muito difícil influenciar o processo [de negociações]. Então além de entregar um documento com recomendações vamos trazer bons exemplos já em prática e que podem ser escalados”, explicou Mussa, ao anunciar a premiação SB COP Awards.