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O presidente da distrital de Chicago do Federal Reserve (Fed), Austan Goolsbee, defendeu cautela antes de se mostrar favorável a uma redução nas taxas de juros e apontou que deve observar todas as informações e dados disponíveis até a reunião de setembro antes de tomar uma decisão sobre seu voto. “Quero pegar toda essa informação até setembro e quero ouvir o que meus colegas têm a dizer.”
Os apontamentos do dirigente, que tem direito a voto nas reuniões de política monetária deste ano, foram feitas em entrevista à “Bloomberg TV” às margens do Simpósio de Jackson Hole. Goolsbee apontou, em especial, que a alta da inflação de serviços nos EUA é um ponto “perigoso” dos últimos dados divulgados.
Goolsbee também foi bastante questionado a respeito da pressão que a Casa Branca tem feito sobre o banco central e, mais recentemente, sobre a diretora do Fed Lisa Cook para que ela renuncie ao cargo. Ele lembrou que é unânime, entre os economistas, a importância da independência do Fed e dos bancos centrais. E disse que é “crítico” que a política monetária siga afastada de interferências políticas.
Além disso, o dirigente foi questionado sobre a indicação de Trump de Stephen Miran para uma vaga temporária na diretoria do Fed até janeiro. No passado, Miran já fez críticas a Goolsbee pelo fato de o presidente do Fed Chicago já ter servido no governo de Barack Obama. “A lei é muito clara sobre o que deve determinar o caminho dos juros e estou tentando não ser distraído de minha função sobre onde estamos em relação ao nosso duplo mandato”, afirmou o dirigente. “Dentro daquela sala [do Fed], levamos o nosso trabalho muito a sério.”
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