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Com a chegada das altas temperaturas, aumenta também o risco de desidratação em cães e gatos. O problema, que muitas vezes começa de forma silenciosa, pode evoluir rapidamente e trazer sérias complicações à saúde dos animais. Por isso, os tutores devem reconhecer os primeiros sinais e adotar medidas de prevenção.
Segundo Bruna Machado, médica veterinária e responsável técnica da Clínica-Escola de Medicina Veterinária da UNINASSAU Rio de Janeiro, os indícios iniciais podem ser discretos, mas exigem atenção. “A boca fica mais seca, a gengiva perde o brilho e fica pegajosa, os olhos parecem mais fundos e a pele demora um pouco mais para voltar ao lugar ao ser puxada de leve. Além disso, o pet costuma ficar menos animado e mais quietinho do que o habitual”, explica.
Alguns bichinhos têm maior tendência à desidratação, seja pela idade, pelo tamanho ou por questões de saúde. Nesses casos, o monitoramento deve ser ainda mais cuidadoso. “Filhotes, idosos, animais muito pequenos, raças braquicefálicas, como Pug, Bulldog Francês, Shih Tzu e Persa, e pets com vômito, diarreia, febre ou doença renal desidratam com muito mais facilidade”, destaca a veterinária.
Quando o problema não é identificado a tempo, os riscos aumentam significativamente. As consequências podem incluir queda de pressão, desequilíbrio de eletrólitos, alterações hematológicas, risco de insuficiência renal aguda e, nos casos mais graves, evolução para choque e morte. Por isso, ao menor sinal de agravamento, a orientação é procurar atendimento veterinário imediatamente.
A prevenção, porém, é simples e pode ser incorporada à rotina. De acordo com a médica, garantir água fresca e espalhar mais potes pela casa já fazem diferença. “Usar fontes, oferecer gelos saborizados, evitar sol forte, reduzir brincadeiras nos horários mais quentes, entre 9h e 17h, manter o pet em locais ventilados e incluir ração úmida são medidas que ajudam muito”, orienta.
“Jamais deixe o animal dentro do carro e observe qualquer sinal de cansaço exagerado. Geralmente, é o corpo pedindo ajuda”, enfatiza.
A veterinária reforça que conhecer os sinais e agir cedo é a melhor forma de proteger os pets. Com atenção diária, hábitos simples e cuidados redobrados, é possível evitar quadros de desidratação e garantir dias mais seguros e confortáveis para cães e gatos.